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Recuo no consumo mostra que crise econômica entrou na casa dos brasileiros

Inflação foi de 0,57% em novembro, puxada pela alta dos preços dos alimentosAnunciada pelo IBGE, a primeira redução no consumo das famílias brasileiras no 1º trimestre após 12 anos representa claramente os efeitos da crise econômica na qual o Brasil se afundou graças ao desgoverno petista.

Apesar dos inúmeros alertas feitos pela oposição ao longo dos últimos anos, o governo nada fez para impedir que os cidadãos brasileiros fossem atingidos no bolso por sucessivos erros na condução dos rumos do país.

Nesta segunda-feira (1º), deputados do PSDB lamentaram que o trabalhador esteja sendo penalizado de tal forma, tendo que readaptar sua rotina diante de um cenário de inflação aquecida, juros nas alturas e desemprego elevado.

Os tucanos chamaram atenção para o fato de, mais uma vez, a gestão do PT nada fazer para amenizar as consequências da crise para as famílias. Na avaliação dos parlamentares, o governo mais uma vez erra e tende a fazer com que o alimento na mesa do brasileiro se torne ainda mais escasso.

Para o deputado Alfredo Kaefer (PR), a queda no consumo das famílias é reflexo da atividade econômica desaquecida. O tucano lembra que, para estimular o crescimento do país, o governo incentivou as pessoas a consumirem – um caminho completamente equivocado, segundo ele. Com isso, aumentou o endividamento, o crescimento da economia não se sustentou e surgiu um círculo vicioso, com reflexos negativos por todas as partes.

“As famílias estão endividadas, não conseguem manter o consumo e têm ainda uma economia estagnada com juros altos, custo do cartão de crédito pela hora da morte, cheque especial estourado e com taxa impraticável, inflação subindo, salários paralisados e desemprego também em elevação. Não daria outra coisa a não ser um reflexo desses como é a queda no consumo”, explica o tucano.

Segundo o IBGE, a queda no consumo e nos investimentos se deu exatamente por causa da “evolução negativa dos indicadores de inflação, crédito, emprego e renda ao longo dos três primeiros meses do ano.” E as perspectivas futuras não são positivas, já que os indicadores tendem a seguir em níveis nada animadores. O mais recente Boletim Focus do Banco Central projeta para esse ano inflação de 8,39%; Selic em 14% e PIB com retração de 1,27%.

Recessão já chegou – É o que acredita o deputado Luiz Carlos Hauly (PR). Segundo ele, a recessão já está estabelecida. “O governo aumentou os impostos e os juros. Com isso as famílias encolheram seu poder aquisitivo. Isso significa menos comida na mesa dos trabalhadores brasileiros. Estamos apenas no começo da recessão. Isso significa que pode haver redução ainda maior no poder de compra das pessoas”, alerta o tucano.

Para o deputado, a alternativa apresentada pela presidente Dilma como solução para a crise econômica que ela mesma provocou nada resolverá e ainda vai penalizar mais o cidadão. “Não acredito que venha se resolver em curto prazo; deve durar no mínimo dois anos essa fase em razão da crise econômica”, avalia.

No cotidiano, o trabalhador sente mês após mês os sinais dessa crise. A mudança na rotina durante as compras; a escolha por marcas mais baratas; a opção por produtos de menor qualidade; a renúncia a alguns alimentos devido ao preço – tudo isso mostra que as famílias estão tendo que se adaptar ao péssimo momento e, forçadamente, abrir mão de seu bem-estar. Para o deputado Jutahy Junior (BA), todos os brasileiros estão pagando o preço da corrupção e da incompetência do governo do PT. “Os que mais estão sofrendo com a crise são os mais pobres pelo aumento dos preços dos alimentos e dos serviços”, escreveu em seu perfil no Facebook.

Infelicidade em alta – As estatísticas comprovam isso. No primeiro trimestre de 2015, a sensação de bem-estar dos brasileiros, medida pelo índice de infelicidade – soma das taxas de desemprego e inflação – atingiu seu pior patamar em mais de nove anos. Entre os três últimos meses de 2014 e os três primeiros deste ano, o indicador saltou de 13,5 para 15,5 pontos. Trata-se do maior nível registrado desde o último trimestre de 2005, segundo a LCA Consultores. O cálculo considerou a inflação de 8,1% em março (acumulada em 12 meses) e a taxa de desemprego de 7,3% (com ajuste sazonal), entre janeiro e março deste ano, segundo a Pnad Contínua, pesquisa que mede o nível de ocupação em todo o país.

Diante de todo esse cenário, Alfredo Kaefer reforça: “Isso traz ainda outros resultados nefastos, pois se gira menos a roda do comércio e da atividade econômica, as indústrias reduzem a produção e, em vez de um círculo virtuoso, se tem um círculo vicioso, de uma redução ainda maior da atividade econômica, com o PIB andando para trás.”

Já o deputado Vanderlei Macris (SP) ressaltou, em discurso, que a cada dia os brasileiros precisam mudar seus hábitos para se adaptarem a nova realidade. “São dias de angústia e preocupação por parte dos brasileiros, pois a inflação corrói seus salários. Depois de trocar a marca dos produtos que gostam por outras mais baratas, agora não resta outra opção a não ser reduzir a quantidade de produtos do carrinho de compras”, disse o tucano, ao citar pesquisa da Consultoria Kantar Worldpanel. Segundo o levantamento, as famílias reduziram em 8% o volume de bens não duráveis comprados no primeiro trimestre deste ano ante 2014, mas gastaram 1% a mais devido à alta dos preços. “Essa é mais uma realidade triste do nosso país”, lamentou Macris.

Do PSDB na Câmara