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Lula entra em contradição para explicar triplex no Guarujá

lula-acusa-imprensa-300x202Brasília – Até semana passada, o apartamento de três andares em ponto nobre na cidade do Guarujá, no litoral de São Paulo, pertencia ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e inclusive figurava na declaração de bens que o petista apresentou à Justiça Eleitoral em 2006. Após o caso vir a público e sugerir um privilégio a Lula frente a outros cooperados que levaram o cano da Bancoop, petistas divulgaram uma nova versão: o imóvel, na verdade, era da ex-primeira dama Marisa Letícia, resultado de cotas que ela tinha com a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop).

A contradição foi divulgada pelo jornal O Globo nesta segunda-feira (15). A publicação noticiou na semana passada que Lula e Marisa haviam sido contemplados com um triplex no Guarujá entregue pela Bancoop – cooperativa que, ao longo dos últimos anos, deixou na espera milhares de clientes, especialmente em São Paulo.

A conclusão do imóvel luxuoso de Lula revoltou as vítimas da Bancoop. A cooperativa foi fundada em 1996 e teve os petistas João Vaccari Neto, atual tesoureiro do partido, e Ricardo Berzoini, ministro das Relações Institucionais, entre seus dirigentes. Mais de 3 mil famílias permanecem à espera dos seus imóveis.

As explicações contraditórias dadas por Lula para o caso são definidas pelo deputado federal Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS) como um exemplo da “regra” praticada pelos petistas quando eles precisam apresentar esclarecimentos ao público.

“As contradições são a regra para o PT. Ao longo de todos esses anos no poder, o PT criou uma permanente e coerente incoerência, inconsistência e contradição, sempre que questionado sobre valores, números e patrimônios”, disse.

Imprensa
O deputado criticou também as reações dos petistas à imprensa. Desde que o episódio do triplex foi tornado público, petistas contestam a reportagem do jornal O Globo.

“Se o PT destinasse para o bem a energia que destina a atacar a imprensa e buscar justificar o injustificável, seria melhor para a sociedade”, acrescentou.