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Vânia alerta para prevenção ao câncer de mama

Foto: Gerdan Wesley/LidPSDB Senado
Foto: Gerdan Wesley/LidPSDB Senado

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Lúcia Vânia, Jornal O Popular (GO) – Outubro nos remete ao alerta da prevenção do câncer de mama – que acomete mulheres em todo o mundo. Entre os tipos de câncer, o de mama é o que tem merecido a maior preocupação das mulheres e das autoridades de saúde. Primeiro, porque, apesar de todos os avanços científicos, a mortalidade por esse tipo de câncer ainda vitima um grande número de pacientes.

Há também a falta de informação. Até pouco tempo, a única forma de tratamento para esse câncer era a retirada da mama. Esse procedimento, embora represente a salvação de inúmeras mulheres, tem em seu caráter mutilador um elemento de agressividade, que fere a autoestima da mulher.

Lembramo-nos do saudoso Dr. José Pinotti, médico especialista em ginecologia, obstetrícia e oncologia, que se destacou pela sensibilidade em compreender a importância da reconstrução da mamária na vida de uma mulher. O fato é que, muito mais do que um órgão de estímulo sexual, a mama é símbolo de feminilidade. Como médico sensível e humano que era, Dr. Pinotti esclareceu que “o controle sobre o câncer ginecológico exige uma participação estreita da mulher, e que é importante que ela esteja atenta, a fim de perceber os sintomas iniciais, e disposta a buscar periodicamente os serviços de saúde”.

A deputada Jandira Feghali propôs a lei 10.223/2001, com apoio de toda a bancada feminina no Congresso, possibilitando a todas as mulheres a reparação da mama por meio de planos e seguros privados de assistência à saúde, nos casos de mutilação decorrente de tratamento de câncer. Esta lei inspirou a aprovação, pelo Congresso Nacional, da norma 12.802/2013 que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a fazer a cirurgia plástica reparadora da mama logo em seguida à retirada do câncer.

Os programas de prevenção e tratamento oferecidos pelo Ministério da Saúde consideram que a ocorrência do câncer de mama se concentra em mulheres acima dos 50 anos de idade. Mas é um conceito que precisa ser revisto. Embora mais raros, há casos de mulheres mais jovens com esse tipo de câncer. O próprio Instituto Nacional de Câncer (Inca) alerta que a idade da primeira menstruação, a menopausa tardia, a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a ausência de gestações constituem também fatores de risco para o câncer de mama. E há ainda o histórico familiar, que deve ser considerado.

Dados do Inca mostram uma redução de cerca de 30% na mortalidade por câncer de mama em mulheres que fazem parte de um programa de rastreamento por meio de mamografias. Pensando na prevenção, propus a Lei nº 11.695/2008, que institui o dia 5 de fevereiro como o Dia Nacional da Mamografia. Quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem um índice de cura de até 97%. O autoexame é um gesto simples, mas pode salvar vidas.