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Mara busca parceria internacional visando acelerar estudos para cura de lesões medulares e paralisias

Logo após chegar a Miami, Mara Gabrilli visitou a atleta brasileira Lais Souza, que está se submetendo a tratamento inovador nos EUA.
Logo após chegar a Miami, Mara Gabrilli visitou a atleta brasileira Lais Souza, que está se submetendo a tratamento inovador nos EUA.

Logo após chegar a Miami, Mara Gabrilli visitou a atleta brasileira Lais Souza, que está se submetendo a tratamento inovador nos EUA.

Em missão oficial nos Estados Unidos, a deputada Mara Gabrilli (SP) visita o Miami Project to Cure Paralysis (www.miamiproject.miami.edu), um dos maiores centros do mundo voltado a pesquisas sobre cura de paralisias. O local faz parte do complexo do Jackson Memorial Hospital, onde está internada a atleta Laís Souza, que sofreu um acidente em janeiro deste ano durante treinamento para participar das Olimpíadas de Inverno de Sochi (Rússia).

O objetivo da visita é promover um intercâmbio entre os profissionais do Miami Project e pesquisadores de centros de pesquisa e reabilitação brasileiros. A ideia é trazer ao Brasil os tratamentos e estudos empregados no centro de Miami. Lá, Gabrilli se reúne com o neurocirurgião Barth Green, um dos fundadores do Miami Project e o Dalton Dietrich, diretor científico do centro.

“Queremos trazer o know how em  neurotecnologia, robótica e reabilitação do Miami Project para os nossos centros de pesquisa”, diz Gabrilli. “Estamos falando de protocolos de estudos que prometem mudar o rumo de lesões e doenças tidas hoje como irreversíveis. A ideia é discutir as pesquisas, estudos, equipamentos, campanhas, enfim, todas as frentes de trabalho que o Miami Project realiza e, com base nisso, fazer a ligação entre os pesquisadores brasileiros e o Centro em Miami”.

De acordo com Gabrilli, o Miami Project é pioneiro na pesquisa com implante de células de Schwann (localizadas no sistema nervoso periférico e que podem atuar diretamente na transmissão de impulsos nervosos), um dos motivos para o local ter sido escolhido para receber a atleta Lais Souza, que foi transferida para o Jackson Memorial Hospital, na Universidade de Maimi, nove dias depois do acidente.

Fora as ações inovadoras na área de pesquisas, o Miami Project ainda é referência quando o assunto são campanhas de conscientização para angariar recursos para as pesquisas – prática ainda incomum no Brasil – além de incentivar todo processo de reabilitação e integração de pessoas com deficiência à sociedade.

Logo após a chegada à Miami, a tucana foi visitar Laís Souza. “Estou feliz em vê-la otimista. Ela está sendo submetida a um tratamento diferenciado e inovador”, relatou a deputada.

Deputada banca viagem

Vale destacar que, apesar de a deputada viajar como representante brasileira oficial da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, a missão não trará nenhum custo para os cofres públicos, já que Gabrilli será responsável por todos os gastos da viagem (incluindo passagens aéreas e custos com alimentação e hospedagem).

Deputada luta por mudanças na legislação brasileira de pesquisas

Esta não é a primeira vez que Gabrilli busca fazer a ponte entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Em 1997, ela fundou o Projeto Próximo Passo, ONG que nasceu para angariar recursos para o desenvolvimento de pesquisas com células-tronco e cura de paralisias. O trabalho com a organização conseguiu trazer o médico Semion Rochkind de Tel-Aviv, para uma integração com médicos e pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein. O intercâmbio rendeu um protocolo de pesquisa sobre células de schwann no laboratório de neurorenegeneração da Universidade de São Paulo.

Em março de 2005, foi aprovada a Lei de Biossegurança, que regulamenta o uso de embriões inviáveis para fecundação e doados pelos pais e que, no seu artigo 5º, libera as pesquisas com células-tronco embrionárias no Brasil. No entanto, a Lei aprovada foi alvo de Ação Direta de Inconstitucionalidade assinada pelo então procurador-geral da República, Cláudio Fonteles. Só em maio de 2008 o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou a ação no Brasil.

Outro problema que impede o avanço das pesquisas científicas para cura de paralisias o Brasil é a burocracia para importar material científico. O problema pode ser solucionado por meio do projeto de lei nº 4411/12, de autoria dos deputados Mara Gabrilli e Romário, e que atualmente está em votação na Câmara. O projeto propõe a desburocratização das regras de importação de insumos científicos para pesquisas, diminuindo assim tanto os custos quanto os prazos de entrega de materiais para estudos.

Em março desse ano, o projeto foi aprovado por unanimidade na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, e deve passar por outras três votações antes de ser encaminhado para aprovação no Senado e, posteriormente, poder ser sancionado pela Presidência da República.

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Ao retornar da missão oficial, Mara participará no dia 28, às 14h, de audiência pública na Comissão de Esportes da Câmara, que contará com a presença de membros do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a Confederação Brasileira de Desportos na Neve e o Ministro do Esporte Aldo Rebelo, para discutir o caso da atleta Laís Souza, bem como a questão de seguros para os atletas de maneira geral. A ideia é buscar uma legislação que dê amparo aos atletas, não só do futebol.

(Da assessoria da deputada, com alterações/Foto: Facebook – Mara Gabrilli)

* Publicado originalmente pelo site PSDB na Câmara