Atingir a paridade de gênero — e assim, refletir a proporcionalidade do eleitorado brasileiro. Foi assim, em tom de celebração deste avanço histórico rumo à meta dos 50/50, que o Secretariado Nacional da Mulher/PSDB lançou, neste sábado (28/10), em Porto Alegre, o documentário “PSDB-Mulher: 25 anos construindo o Brasil que queremos”, em sessão para convidados no Hotel Plaza São Rafael.
Antes da exibição do curta que registra as contribuições das mulheres tucanas para a política nacional, a presidente nacional do PSDB-Mulher Yeda Crusius, que foi a primeira e única mulher a governar o Rio Grande do Sul, reforçou a importância da igualdade de gêneros para a conquista da plena democracia. “Ruth Cardoso já dizia que só alcançaremos isso quando chegarmos aos 50/50. É metade, metade. E orgulhosamente posso dizer hoje que estamos trilhando esse caminho com sucesso. Nós, mulheres, mostramos que somos protagonistas e que estamos prontas para aumentar a nossa representatividade já nas próximas eleições municipais”, afirmou. Uma das idealizadoras do projeto, Yeda agradeceu ainda o governador do RS e presidente do PSDB Nacional Eduardo Leite — que participou da solenidade e abraçou a iniciativa.
A presidente de honra do PSDB-Mulher Nacional, Solange Jurema, destacou o papel da mulher em todas as frentes, independentemente da sua posição social, colocação no mercado de trabalho. A tucana salienta que por muito tempo isolaram as mulheres de debates como economia, saneamento básico, saúde, quando na verdade, elas são as primeiras a serem atingidas quando esses setores vão mal. Na ocasião, a ex-ministra da Mulher relembrou como conheceu Yeda Crusius e elogiou sua trajetória. Para Solange Jurema, alcançar um futuro com democracia plena e justiça social só será possível com a união de todos, honrando a história da Social Democracia Brasileira.
“Eu acho que esse documentário ele representa esse PSDB que nós queremos. Um PSDB que foi criado lá atrás por homens e mulheres que realmente queriam construir um país melhor. E que queriam fazer uma política, que é a social democracia, em que nós tivéssemos uma economia forte, realmente responsável, com responsabilidades fiscal, mas ao mesmo tempo também um desenvolvimento social que realmente resgatasse a grande desigualdade que sempre existiu no Brasil. E nós tivemos um exemplo que isso é possível do governo Fernando Henrique”, disse
Eleita, neste domingo (29/10), presidente do PSDB no RS, numa chapa paritária, a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, disse que trabalhará para fortalecer a legenda como uma voz de conciliação e construção. “Esse é um partido de verdade, que não tem medo de se posicionar e de encontrar consensos, por meio do diálogo e do respeito a quem pensa diferente.”
Ela defendeu o equilíbrio como caminho para a transformação social. “Quanto mais os espaços de poder retratarem o que de fato é a sociedade, mais efetivos, comprometidos com a realidade e transformadores eles serão”, avaliou.
A nova presidente do PSDB-Mulher do RS, a deputada estadual delegada Nadine, ao elogiar o curta, dividiu um sentimento com a plateia: “Quando eu olho 25 anos de história, eu penso: por que eu demorei tanto tempo para entrar nesse partido?”, questionou. Em seguida, contou como a figura de Ruth Cardoso a influenciou: “A medalha que eu recebi há 11 anos. A medalha Ruth Cardoso. E por que eu trouxe essa medalha hoje? Porque essa medalha tem muito simbolismo em todas as decisões que eu tomei no dia em que eu decidi ser candidata a deputada estadual. Esta mulher, Ruth Cardoso, me representa. Este partido, o PSDB, me representa. E é aqui que eu quero que tucanos e tucanas se sintam bem e que as mulheres sejam cada vez mais fortalecidas”, detalhou.
Governador diz que documentário resgata a essência do partido
Na abertura do evento, o governador Eduardo Leite — atual presidente do PSDB nacional — disse que o documentário sempre servirá para lembrar os seus correligionários do verdadeiro propósito do partido. “Nos momentos difíceis, de desesperança e dúvida de para onde vamos, teremos esse filme para nos mostrar qual é a essência deste partido, com a qual este segmento de mulheres segue conectada, com aquela chama que um dia ardeu nos nossos corações e nos impulsionou a tomar a decisão de dedicarmos as nossas vidas para melhorar a vida dos outros”, observou.
Leite ainda destacou o empenho e a resiliência das mulheres do partido, sobretudo de suas pares gaúchas, para fazer uma política diferente. “Estou diante de duas mulheres que eu vi governando: a Paula e a governadora Yeda. Sempre se fala sobre a sensibilidade da mulher, mas é muito importante falar da força, da fibra e da garra para tocar os projetos e ter disciplina que garanta as entregas”, salientou.
Para Yeda Crusius, projetos como esse ajudam a compreender melhor a história e a reinvenção do partido diante de seu papel político. Ela citou iniciativas recentes realizadas em parceria com a empresa — como livros, relatórios ou outros projetos especiais.
Na plateia estavam outras figuras ilustres do partido, como a ex-deputada estadual Zilá Breitenbach, quadro histórico do tucanato gaúcho, o deputado federal Lucas Redecker, e Gloria Crystal, mulher trans, presidente do movimento feminino da sigla em Porto Alegre.
Sobre o documentário
O documentário “PSDB-Mulher — 25 anos construindo o Brasil que queremos” apresenta as dificuldades e desafios de fazer política hoje no Brasil, mas também aborda as conquistas e as esperanças para o que virá. A obra conta com a participação de líderes como Yeda Crusius, Solange Jurema, Thelma de Oliveira, Cinthia Ribeiro e Raquel Lyra. Também homenageia figuras históricas e fundamentais para o segmento partidário, como André Franco Montoro, Lucy Montoro e a antropóloga e ex-primeira-dama do Brasil, Ruth Cardoso — uma das fundadoras do PSDB-Mulher.
Para assistir, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=trIl5uhquFY&t