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Em reunião com Mercosul, Mara Gabrilli defende acessibilidade nos colégios eleitorais e maior representatividade

Foto: Gerdan Wesley

Na tarde desta quarta-feira (28/9), a candidata à vice-presidência Mara Gabrilli se reuniu com a missão de observadores internacionais do Parlamento do Mercosul, o Parlasul. Na ocasião, a também senadora (PSDB-SP) se encontrou com oito parlamentares do Cone Sul, entre argentinos, paraguaios e uruguaios em São Paulo.

O objetivo da delegação era conhecer análises de candidatos e candidatas sobre o processo eleitoral no Brasil. As eleições gerais estão previstas para este domingo (2/10).

Chefiada pela parlamentar argentina Cecilia Catherine Britto, a missão aproveitou a oportunidade para discutir a participação de mulheres e grupos socialmente excluídos no pleito nacional.

No encontro, Mara apresentou a sua candidatura e destacou a importância da missão de monitoramento como um instrumento essencial de transparência, democracia e fiscalização, fundamental para garantir a eficiência e a legitimidade do processo eleitoral no Brasil.

A senadora defendeu, ainda, a inclusão como principal pilar do seu plano de governo, na chapa com a também senadora Simone Tebet (MDB).

“Precisamos de um governo inclusivo que lute contra todas as formas de discriminação contra pessoas com deficiência, como eu, mas também que inclua pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+, pessoas com doenças raras, pessoas obesas, idosas e, claro, mulheres”, afirmou Mara Gabrilli.

Na ocasião, os parlamentares do Cone Sul recordaram que, em comparação com o quadro regional, o Brasil possui uma das menores taxas de representatividade de mulheres na política.

“Temos uma candidatura inédita e robusta com duas mulheres. Simone e eu temos muito em comum: fomos pioneiras e conquistamos lugares que ainda não haviam sido ocupados no Brasil. A prova viva disso é a Bancada Feminina e o nosso papel na CPI da Covid-19”, respondeu a senadora, acrescentando que os obstáculos para a participação política são ainda maiores quando se consideram as interseccionalidades, como mulheres com deficiência ou mulheres negras, por exemplo.

A delegação mercosulina ainda questionou qual seria o principal ponto de atenção de Gabrilli para compor o relatório final da Missão. Para a candidata, a participação plena e efetiva na vida política resta um grande desafio, o que exige acessibilidade em todos os colégios eleitorais, incluindo a garantia de que instalações, materiais e equipamentos para votação que sejam acessíveis e de fácil compreensão e uso.

Além da dificuldade na hora de votar, a representatividade da pessoa com deficiência na política ainda é muito pequena: essas pessoas ainda têm os obstáculos de se candidatar e fazer campanhas por conta da falta de infraestrutura e acessibilidade nas cidades brasileiras”, ressaltou.

“Esta foi a melhor e mais importante reunião que tivemos até agora”, afirmou um dos delegados. Além do encontro com a senadora, os observadores se reuniram com outros candidatos à presidência, como a própria cabeça de chapa, Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe D’Avila (Novo). A missão do Parlasul foi acreditada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o intuito de testemunhar e verificar o cumprimento das normas eleitorais brasileiras.

*Da assessoria da senadora Mara Gabrilli