Os presidentes do PSDB, Bruno Araújo; do Cidadania, Roberto Freire; o vice-presidente do MDB, Confúcio Moura; e a senadora e pré-candidata á Presidência, Simone Tebet, entregaram ao ministro Alexandre de Moraes, futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um manifesto pelo fim da violência na política. O encontro aconteceu nesta quarta-feira (13/7), na sede do Tribunal.
MANIFESTO PELA PAZ NAS ELEIÇÕES
O país se aproxima de uma das mais importantes eleições da nossa história recente. Lamentavelmente, as últimas eleições e a que ora se aproxima vêm registrando episódios muito preocupantes de agressividade e violência que não se coadunam com o espírito da nossa democracia e com os valores do povo brasileiro.
É nosso dever rechaçá-los de maneira firme, veemente e inconteste. Pois é a manutenção do convívio social, com civilidade, respeito e tolerância, em nosso país que está sob ameaça.
Não importa de que lado parte a violência: qualquer ato que atente contra a integridade física de qualquer pessoa tem que ser repudiado, condenado e punido com o máximo rigor da lei.
É dever das instituições garantir que a vontade popular expressa no voto possa se dar em clima de paz, harmonia e tranquilidade, com absoluta segurança. Como pré-candidata à Presidência da República e como presidentes de partidos políticos, cabe-nos papel importante nesse processo eleitoral.
Cabe-nos, uma vez mais, reiterar nosso firme compromisso com princípios de boa convivência, civilidade, respeito e tolerância mútuos, ainda que mantenhamos nossas diferenças políticas e
ideológicas, como deve ser numa democracia.
Assim, propomos um pacto de não agressão entre todas as campanhas, de todos os candidatos, de todos os partidos e coligações.
Assumimos, desde já, e conclamos todos os candidatos, a todos os cargos, de todos os partidos e coligações, a manifestarem compromisso expresso e inegociável de confiança na Justiça Eleitoral, no processo de votação por urnas eletrônicas, de respeito ao resultado das urnas e de reconhecimento do vencedor, qualquer que seja.
Precisamos de um pacto que ressalte e deixe claro, de uma vez por todas, para as brasileiras e os brasileiros, o nosso compromisso inalienável com as nossas instituições, com a integridade do processo eleitoral e com a disputa democrática. Nosso comprometimento, sobretudo, com a paz, a harmonia e a dignidade humana.
Impedir qualquer indivíduo de fazer campanha, sob qualquer pretexto, é crime previsto na legislação eleitoral, passível de punição com prisão. É inadmissível.
Acima de tudo, estão a nossa democracia e a garantia do eleitor de manifestar, de forma secreta e livre, as suas escolhas com absoluta integridade, sem riscos e constrangimentos de qualquer natureza.
Acima de tudo, estão o nosso amor pelo nosso país, nosso compromisso com a democracia e nossa profissão de fé na civilidade, na solidariedade e na fraternidade.
Não ao ódio, não à intolerância, não à violência.
Sim à democracia, sim ao diálogo, sim ao respeito à Constituição Federal.
Sim à vontade soberana do povo brasileiro.