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Mulheres são as principais vítimas de stalking, criminalizado há nove meses

Foto: Yuan Thirdy/Unsplash

Ligações constantes, mensagens, visitas inesperadas, invasão da privacidade. A obsessão de alguém por outra pessoa a ponto de ameaçar sua liberdade e segurança, também conhecida como “stalking”, foi criminalizada há nove meses, e agora acumula denúncias em delegacias de polícia por todo o Brasil. As principais vítimas são as mulheres.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, dados das secretarias de segurança do Distrito Federal e de quatro dos estados mais populosos do país — São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul — mostram como a prática é disseminada.

Em Brasília, a média de casos registrados é de mais de três por dia. 85% das vítimas são mulheres e 56% dos casos também foram enquadrados na Lei Maria da Penha. Em 8% das vezes, o crime é cometido pela internet. Entre 1º de abril e 9 de junho, foram 242 ocorrências registradas no DF. Em São Paulo, 686 queixas só em abril. Já entre abril e setembro, foram 2.633 denúncias registradas no Rio Grande do Sul e 2.113 no Paraná.

O stalking também é muito associado à violência doméstica e à perseguição pelo ex-companheiro, que costuma conhecer detalhes da vida da vítima. Segundo a promotora de Justiça Ana Lara Camargo de Castro, em muitos casos, a prática pode levar à violência sexual, agressão física e homicídio.

*Com informações do jornal O Globo