A violência política contra mulheres é objeto de estudo e levantamento detalhado realizado pelo Instituto Justiça de Saia, durante os meses de setembro e outubro de 2021. Para o instituto, o fenômeno afeta eleitoras, candidatas eleitas e não eleitas, portanto todas as mulheres que ocupam ou que pleiteiam cargos públicos.
Dados preliminares indicam ausência de estímulo social para que mulheres embarquem na política, mesmo havendo interesse por parte delas.
O levantamento busca identificar os fatores envolvidos nessa forma de violência e desfazer mitos relacionados à falta de participação feminina na política. Neste caso, há interpretações do tipo “mulher não vota em mulher”, por exemplo.
Integrantes do projeto Justiceiras, que participa do estudo, observam que a violência de gênero na política se manifesta quando mulheres são interrompidas em suas falas em parlamento por conta do gênero, quanto têm sua honra agredida ou até mesmo quando deixadas em segundo plano em agendas partidárias, muitas vezes solicitadas apenas para o cumprimento de cotas.
A violência política de gênero é reconhecida no Brasil como crime eleitoral desde agosto de 2021, e seus efeitos já são válidos para as eleições de 2022. Sua prática pode resultar em penas de um a quatro anos de prisão. Produção de informações falsas de teor eleitoral contra mulheres também é criminalizada, com penas que variam entre dois meses e um ano de detenção ou multa.
*Com informações do portal Poder 360