A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, com apoio da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, lançou nesta quarta-feira (30) o Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP). A iniciativa vai permitir que pesquisas e indicadores sobre o tema sejam agregados em um único portal on-line, além de monitorar a atuação das parlamentares e a violência política contra elas, e orientar a formulação de projetos de Lei para aumentar a participação feminina na política.
Serão três eixos temáticos: violência política contra a mulher; atuação parlamentar e representatividade feminina; e atuação partidária e processos eleitorais. O portal será disponibilizado em breve.
Idealizadora do projeto, a procuradora da Mulher, deputada federal Tereza Nelma (PSDB-AL), afirmou que o observatório será “o maior mecanismo de investigação e monitoramento da atuação política das mulheres no país”.
“Tenho certeza que o Observatório Nacional da Mulher na Política é um mecanismo que veio para ficar e que será uma ferramenta importante para ajudar em uma democracia com justiça social, em que as mulheres possam fazer política sem medo e em que a equidade venha a ser um princípio do nosso ordenamento jurídico”, acrescentou.
A tucana destacou que a política precisa de mais mulheres para que as decisões sejam mais legítimas e representativas da sociedade:
“É a diversidade de ideias, de opiniões e também de perspectivas sociais que faz com que as decisões políticas tenham a qualidade que se espera delas. é por acreditar que a democracia é o caminho mais adequado para regrar as nossas relações que precisamos ter uma atenção especial para que ela seja representativa”, disse.
“A democracia não comporta a violência. A democracia não comporta um ponto de vista. A democracia é coletiva. É feita do diálogo. É o espaço de se ouvir para agir”, acrescentou.
O observatório estará centralizado na Câmara dos Deputados, mas terá núcleos estaduais instalados nas Assembleias Legislativas, além de parcerias com mais de 40 instituições nacionais e internacionais, e participação de pesquisadoras de diferentes universidades brasileiras.
“Isso fará com que os instrumentos de observação cheguem até o menor e o mais distante município do Brasil, e retornem de maneira a permitir uma análise qualificada pelas pesquisadoras que foram escolhidas a dedo para nos guiar nesse processo”, completou Tereza Nelma.
Com informações da Agência Câmara de Notícias. Leia AQUI