A presidente nacional do PSDB-Mulher, Yeda Crusius, alertou nesta terça-feira (11) que há resistência interna na legenda para fortalecer as candidaturas femininas. Preocupada com a situação, ela vai se reunir nesta quarta-feira (12) com integrantes da Executiva Nacional para reiterar a importância de mais mulheres na política.
“Ter mulheres em postos de comando faz toda a diferença”, afirmou Yeda Crusius durante a Reunião da Coordenação Executivas e Coordenadorias Regionais do PSDB-Mulher (Comissão para a Carta Programática), em Brasília.
Para a tucana, as restrições à participação das mulheres atingem não só o PSDB, como outros partidos políticos. “Há uma grande mobilização de todos os partidos políticos contra a autonomia que as mulheres ganharam em 2018.”
Unidade
Yeda Crusius advertiu que é preciso ter unidade em favor do fortalecimento das candidaturas femininas para justificar a cota dos 30%.
“Temos a responsabilidade de justificar o porquê fizemos 30% das vagas”, afirmou a presidente nacional do segmento feminino. “Há uma reação interna no partido [PSDB] que as mulheres não podem continuar ‘mandando’ de maneira que temos de caminhar juntas e isso tem de reproduzir em cada estado.”
Exemplo
Para Yeda Crusius, um exemplo de estratégia bem-sucedida é a executada pela presidente estadual do PSDB em Santa Catarina, a deputada federal Geovania de Sá (SC). A parlamentar promove reuniões em todas regiões do estado, incluindo cursos de formação e motivacionais.
“Em ano eleitoral a sociedade requer que a gente tenha mais sucesso, nós fomos premiadas pela deputada federal Geovania de Sá, presidente do PSDB de Santa Catarina, ninguém ganhou mais do que ela. Ela dobrou os votos”, ressaltou.
Yeda Crusius destacou que Geovania de Sá conseguiu se reeleger, utilizando a campanha tradicional do corpo a corpo e da conversa com os eleitores.