É cada vez menor o número de municípios com políticas voltadas para mulheres no país, de acordo com a pesquisa Perfil dos Estados e dos Municípios Brasileiros 2018, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A conclusão é que quatro em cada cinco cidades não tinha políticas destinadas a elas.
Pelos dados da pesquisa, a redução nesse quesito nos últimos cinco anos fez o país encolher a um nível semelhante ao de 2009. As informações foram divulgadas no Portal UOL.
O levantamento aponta que o percentual de municípios com organismo executivo de políticas para mulheres caiu de 27,5%, em 2013, para 19,9%, em 2018 —chegando próximo ao patamar de 2009, quando havia 18,7% das cidades com esse tipo de política.
Para Lourdes Maria Bandeira, professora titular do departamento de Sociologia da UnB (Universidade de Brasília), as políticas públicas destinadas às mulheres tiveram início em 2004, com primeiro Plano Nacional de Política para as Mulheres, que estimulou a expansão dos serviços.
Serviços
A falta de serviços é outro problema, segundo dados do IBGE. Menos de 10% dos dos municípios oferecem serviços especializados de atendimento à violência sexual, e só 8,3% possuem delegacias especializadas de atendimento à mulher.
Observando os governos dos estados, a situação é um pouco melhor. Desde a terceira edição do PNPM (Plano Nacional de Políticas para as Mulheres), de 2013, 15 estados já tinham planos estaduais em 2018 —50% a mais que os 10 registrados em 2012.
Em relação ao enfrentamento da violência, havia casas-abrigo em 20 unidades da federação —ou seja, 7 não têm nenhum tipo de assistência. Em 2013, o número era ainda pior: só havia esses equipamentos em 12 estados.
*Com informações do UOL.