A presidente do PSDB-Mulher de Minas Gerais, Walewska Abrantes, lamentou as perdas e os estragos causados pelo rompimento da barragem de rejeitos da Vale, em Brumadinho (MG), na última sexta-feira (25). O número de mortos já chega a 65, dos quais 19 foram identificados até agora. O balanço informa ainda que há 292 pessoas desaparecidas e 382 pessoas foram localizadas. Até o momento, 192 pessoas foram resgatadas. Os dados são da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das polícias Militar e Civil.
“O clima em Minas está muito pesado. Nosso estado tem passado por turbulências constantes. O povo mineiro precisa de ajuda de todo o país. O momento agora é de união”, ressaltou.
Um grupo de cerca de 130 militares médicos, engenheiros, bombeiros e técnicos de Israel começou a trabalhar nesta segunda-feira (28) nas operações de resgate na região. Os israelenses trouxeram equipamentos modernos para rastreamento, com capacidade de captação de imagens e detectores de vozes e ecos. Os militares israelenses vão ajudar nas buscas por vítimas do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, da empresa Vale, em Brumadinho.
“Eu vejo esse intercâmbio de forças como algo muito positivo porque nós podemos perceber que a solidariedade humana, apesar de todas as diferenças culturais, ainda existe. Essa ajuda é importante não só pelos equipamentos, mas pela certeza das famílias atingidas que algo está sendo feito”, completou a tucana.
Walewska Abrantes lembrou das vítimas do acidente ocorrido em Mariana, também em Minas Gerais, em novembro de 2015, que ainda não foram indenizadas. Para ela, os desastres são frutos de uma ganância extrema das mineradoras, da falta de uma legislação ambiental eficiente e da certeza da impunidade.
“Hoje eu faria duas perguntas que seriam: quanto vale a vida? Quanto vale a dignidade humana? Eu acho que são duas perguntas que respondem tudo. A certeza da impunidade que os grandes da mineração contam, junto com a Justiça morosa, são responsáveis pelo sofrimento de dezenas de famílias inocentes”, lamentou.
A tucana cobrou das autoridades rigor nas punições e rapidez na assistência às famílias. “A população não aguenta mais corrupção. Isso já foi comprovado nas urnas da última eleição. Acredito que a pressão popular pode ajudar a acelerar o andamento das coisas”, disse.
Em sua conta pessoal no Twitter, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, postou ontem (27) imagens dos militares enviados para o Brasil e destacou a importância da operação. “A delegação israelense está a caminho do Brasil para ajudar as vítimas do desastre do desabamento da barragem. Nós ajudamos nossos amigos. ”
Reportagem Tainã Gomes de Matos com informações da EBC