A Câmara dos Deputados homenageou a vereadora Marielle Franco na manhã da última quinta-feira (29) com o Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós 2018. O prêmio é de reconhecimento a mulheres que contribuíram para o exercício pleno da cidadania, para a defesa dos direitos da mulher e das questões de gênero no Brasil.
Marielle recebeu o diploma in memorian. A socióloga, feminista e defensora dos direitos humanos foi assassinada em março deste ano. Ela era vereadora do Rio de Janeiro, eleita em 2016. A mãe de Marielle, Marinete Silva, recebeu a homenagem em nome da filha. Ela disse que ela se tornou símbolo de uma classe política que fez a diferença.
“Uma mulher de periferia, uma negra que veio da favela da Maré, toda a nossa história começa ali. Já desde muito cedo, ela conseguia liderar. Trabalhou cedo, foi estagiária muito cedo, casou cedo. Deu não uma atropelada, mas foi a história dela que começou assim. Foi mãe cedo demais. Liderou como uma defensora dos direitos humanos, como ativista”, declarou.
No mesmo dia da premiação, Renata Neder, representante da Anistia Internacional Brasil, defendeu na Câmara dos Deputados que seja formado um comitê independente para investigar o assassinato de Marielle que permanece sem solução.
Para a Anistia, o grupo deve ser formado por peritos, juristas e especialistas independentes, sem participação de integrantes do Poder Público. A Polícia Federal abriu uma investigação no dia 1° de novembro para apurar a existência de uma organização criminosa que estaria barrando o esclarecimento do crime.
Renata teme que o crime continue sem solução. Ela alerta que a morte de Marielle não é só mais um homicídio. De acordo com a representante da Anistia, o homicídio de um defensor de direitos humanos não quer silenciar apenas aquela pessoa, mas quer interromper um processo de lutas por direitos.
*Com informações do Portal da Câmara dos Deputados