Apesar da grande desigualdade de gênero existente no mercado de trabalho, de acordo com levantamento mundial Global Entrepreneurship Monitor 2017, mais da metade dos novos empreendimentos do Brasil em 2016, foram fundados por mulheres. Além de empreenderem 3% a mais que pessoas do sexo masculino, as mulheres também têm mais escolaridade do que os homens que tem seu próprio negócio
Estudos sobre a influência da participação feminina nas empresas, como feito pela consultoria McKinsey publicado no início do ano evidenciam que instituições com mais diversidade de gênero tem 21% mais probabilidade de ter lucro acima da média. Mulheres também demonstram personalidade menos ligada a desvio de conduta que os homens, segundo a HSD Consultoria, o que diminui a probabilidade de mulheres agirem de forma que tragam risco para as empresas.
Mesmo com esses dados e com o tema sendo cada vez mais debatido, pesquisa divulgada em março deste ano pelo IBGE, mostrou que somente 37,8% dos cargos de liderança em companhias brasileiras são ocupadas por mulheres, 1,2% menos que no ano passado.
A Revista Veja teve acesso a uma pesquisa do Itaú Unibanco que investigou a igualdade nas hierarquias da instituição. O estudo mostrou que a remuneração dos homens é 4% maior que a das mulheres. As mulheres representam apenas 24% dos superintendentes e 14% dos diretores do banco, mesmo formando 60% dos coordenadores da instituição.
Em parceria com a FGV, o banco criou o programa “Aceleração Itaú Mulher Empreendedora” para tentar promover mais igualdade. Em sua segunda edição, o projeto busca aprimorar a gestão empresarial e as habilidades empreendedoras das clientes mulheres do banco. O Itaú Unibanco integra o Índice de Igualdade de Gênero em Serviços Financeiros desde quando foi criado.
Nesta segunda-feira (19) foi comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. Criada pela ONU a data é para debater os desafios das mulheres no mercado de trabalho.
*Com informações da Revista Veja