O gabinete de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro, começou o trabalho esta semana. São 27 indicados até o momento, sob a coordenação do ministro extraordinário Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Com 50 cargos disponíveis, o presidente terá uma equipe técnica composta por juristas, economistas, militares e assessores parlamentares. A presidente do PSDB Mulher de Pernambuco, Terezinha Nunes, afirma que o que chama atenção é o fato da equipe ser composta apenas por homens.
“Bolsonaro começou mal! Nenhuma mulher na equipe de transição. É preocupante não ter nenhuma mulher. Se essa linha de atuação se concretizar, acredito que as mulheres terão pouco espaço em seu governo, a ver pela própria equipe de transição. Isso vai ter um reflexo imediato, mas eu acho que a luta das mulheres não terá recuo.”, frisou a deputada estadual.
A tucana criticou a intolerância e o preconceito contra mulheres. Terezinha contou que nos últimos dias recebeu mensagens de eleitores de Bolsonaro com tom raivoso voltado às mulheres.
“Tenho recebido do pessoal que votou no Bolsonaro mensagens dizendo que não votaram nele para empoderar as mulheres. Para você ver a que nível chegamos! A discriminação contra as mulheres é grande.”, disse.
A presidente do PSDB Mulher, deputada Yeda Crusius (PSDB), diz que a equipe de transição reproduz o “pequeno número de mulheres em postos de comandos”.
“Mas espero que seja um governo inteligente, que sabe que mulher traz equilíbrio para qualquer foro de discussão, ainda mais o político.”, diz Crusius.
A equipe de transição nomeada tem sete militares — dois do Exército, três da Aeronáutica e dois bombeiros militares — e, pelo menos, seis economistas, além de assessores e conselheiros de Lorenzoni.
Reportagem: Shirley Loiola