Em tempos onde a informação é passada de forma facilitada graças a ajuda das redes sociais, é necessário fazer um alerta sobre notícias falsas, em especial nesta reta final das eleições. De acordo com reportagem realizada nesta quarta-feira (4) pelo O Globo, desde o fim de semana, 11 publicações de grande repercussão foram desmentidas pelo serviço de checagem do Grupo Globo – Fato ou Fake.
Para dimensionar a rede de mentiras, a matéria expõe que 35 postagens falsas no Facebook tiveram aproximadamente 400 mil compartilhamentos, alcançando milhões de pessoas e eleitores. Quatro vídeos publicados registraram 2,7 milhões de visualizações. É preciso atenção nesses casos pois quanto mais interações em uma postagem, maior seu alcance.
O Núcleo de Dados do Globo analisou 18 páginas que compartilharam Fake News no fim de semana. De acordo com a análise, as publicações recentes possuem cerca de nove vezes mais interações que as postagens feitas nas primeiras semanas de setembro.
Notícias falsas também circulam entre amigos e familiares pelo WhatsApp. É importante checar as notícias que chegam para que possam alertar a quem enviou e deixar de propagar falsos conteúdos.
A tão famosa e utilizada expressão “Fake News” significa “notícias falsas”. A distribuição desse tipo de conteúdo pode ser feito por meio do antigo “boca a boca”, nas redes sociais e também por meios de comunicação.
As páginas pesquisadas pelo Grupo Globo, no Facebook, e que realizaram postagens de conteúdos falsos nos últimos cinco dias, se posicionaram de forma predominante a favor do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). Mas a reportagem faz um alerta: isso não significa que a campanha tenha participação na difusão das falsas informações.
Exemplos
A reportagem do O Globo mostra alguns exemplos de notícias falsas que estão circulando nas redes sociais. Uma delas é sobre o ato ocorrido no último sábado (29) contra Bolsonaro. A “notícia” diz que a foto divulgada do movimento no Largo da Batata em São Paulo é, na verdade, foto do carnaval de rua do ano passado, No entanto, a foto é verídica. De fato é uma fotografia do ato.
Outro exemplo de Fake News é uma informação sobre uma suposta pesquisa realizada pela Universidade do Sul da Califórnia que aponta não haver previsão de 2º turno nas eleições do Brasil. Na imagem divulgada aparece Bolsonaro e o resultado da pesquisa informando que o presidenciável possui 61% das intenções de voto. Para O Globo, a universidade informou que não realizou pesquisa sobre eleições no Brasil e que repudia o envolvimento de seu nome em falsas notícias.
Uma imagem da candidata à vice-presidente Manuela D’Ávila, com uma camiseta escrita “Jesus é travesti”, também tem circulado na internet. A foto é montagem. Manuela publicou uma mensagem no Twitter onde esclarece sobre a fotografia. Ela postou a imagem falsa do lado da verdadeira, onde aparece usando uma camiseta com a palavra “rebele-se!” Em seu tuite, a candidata pediu atenção e pediu ajuda para que a verdade seja compartilhada.
Ana Clara Arantes, estagiária sob supervisão