O PSDB-Mulher de São Paulo participou na última terça-feira (26) de reunião na Procuradoria Regional Eleitoral do estado que reuniu cerca de 150 mulheres ligadas à área eleitoral para discutir a criação de um Observatório das Mulheres Candidatas, cujo objetivo é monitorar o cumprimento das normas nas eleições 2018, entre elas a destinação de 30% do fundo eleitoral para candidatas do sexo feminino.
Representando o PSDB-Mulher, compareceram ao evento a presidente estadual Izabel Lorenzetti, a vice-presidente Catarina Rossi, a tesoureira Cecília Rossi, a presidente municipal Cidinha Almeida e as pré-candidatas a deputada estadual Thereza Collor e Carolina Pontes.
“Foi muito importante este encontro porque vimos que os órgãos estão realmente empenhados em fiscalizar o cumprimento das novas regras que beneficiam as candidaturas de mulheres. A ideia do observatório é muito boa e eles querem que funcione já durante as eleições”, explicou Izabel.
A presidente do PSDB-Mulher de São Paulo, Cidinha Almeida, classificou o encontro como “profícuo” para que as pré-candidatas sintam que existe segurança jurídica nas recentes decisões sobre as candidaturas. “O recado foi dado com clareza: vai ser fiscalizado”, completou.
O encontro suprapartidário contou com representantes de 19 dos 32 partidos existentes, além de especialistas no assunto como a ex-ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana Lóssio.
Durante o evento, a Procuradoria Regional Eleitoral de SP exibiu dados que mostram como, apesar das leis de incentivo, as mulheres ainda têm baixa representatividade em cargos eletivos. O levantamento mostra, por exemplo, que, dos 16.313 candidatos que não tiveram nem um voto sequer nas eleições de 2016, 14.417 são mulheres, indício de que muitas seriam “laranjas” lançadas apenas para preencher a cota de 30% de candidatas.
Na avaliação da professora da UnB,Flávia Biroli, a fiscalização é um dos pontos-chave para garantir efetiva participação das mulheres na política. “Para ampliar a competitividade das candidatas, é preciso checar se a decisão do TSE será cumprida e cobrar dos partidos um engajamento real com a agenda da ampliação da participação política das mulheres”, disse.
Ao final da reunião, Izabel Lorenzetti teve a oportunidade de falar a todas as presentes sobre como o PSDB-Mulher atua na preparação das tucanas e sobre o trabalho realizado ao longo dos quase 20 anos de história do segmento.
“Tive a chance de relatar todo o trabalho que fazemos nos cursos de capacitação e de como já conseguimos eleger mulheres para cargos de destaque com essas qualificações”, concluiu.
*Com informações do PSDB-Mulher SP