A advogada Sandra Quezado (PSDB-DF) comemorou a eleição da ministra Rosa Weber para a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A magistrada foi eleita nesta terça-feira (19) e, na mesma sessão, o ministro Luís Roberto Barroso foi escolhido para o cargo de vice-presidente. Ela assume o cargo em agosto.
“Eu achei que a escolha foi excelente. É um olhar feminino sobre os assuntos eleitorais. Rosa é muito criteriosa, muito coerente em suas decisões. Precisamos de uma pessoa com esse perfil para saber lidar com as especificidades do Direito Eleitoral”, disse.
Rosa Weber presidirá o TSE durante as eleições deste ano. O mandato irá até 25 de maio de 2020, quando finaliza seu segundo biênio como integrante efetiva da Corte. A ministra recebeu seis dos sete votos.
Após a confirmação de sua eleição, Rosa Weber agradeceu aos demais ministros pela confiança e falou sobre a importância de presidir o TSE na atual conjuntura. “Eu sei da enorme responsabilidade que me aguarda neste ano de 2018, em que o país se encontra em meio a uma disputa tão acirrada, com tantas divisões”, disse.
Sandra Quezado lembrou ainda que Rosa Weber foi a relatora da decisão do TSE que determinou que pelo menos 30% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha devem ser gastos em candidaturas de mulheres.
“Rosa Weber alcançou uma posição muito importante para que se façam valer as recentes decisões nas normas eleitorais que beneficiam as candidaturas femininas. Os 30% irão dar mais voz às mulheres na política”, opinou.
Compromisso
Em seu discurso, Rosa Weber destacou a importância do compromisso que todos os que integram a Justiça Eleitoral devem ter com a instituição. “A troca de administração indica, em última análise, que o que importa realmente é a instituição, e não os indivíduos que a compõem”, disse.
E acrescentou: “Juízes, juízas, servidores, servidoras, cada um, isoladamente, no âmbito das suas atribuições, deve atuar de modo que a instituição possa cumprir seu relevantíssimo papel, que é o de fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia em nosso país. E o TSE, na condição de órgão de cúpula da Justiça Eleitoral, sobrepaira a todos nós”.