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Mulheres se destacam no campo e ocupam 30% dos cargos de comando

Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA) revelou que uma em cada três propriedades rurais do país tem mulheres ocupando funções de comando. Quando não são as principais responsáveis pelas propriedades, elas atuam como administradoras, dividem as atividades com um familiar ou estão sendo preparadas para assumir essas funções.

De acordo com matéria publicada neste sábado (27) pelo Estadão, as informações da pesquisa antecedem o Censo Agropecuário, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que deve ficar pronto este ano. Os dados foram coletados ao longo de 2017, com 2.090 agricultores e 717 pecuaristas de 15 Estados.

O coordenador da pesquisa da ABMRA, Ricardo Nicodemos, atribuiu o aumento de mulheres no campo ao desenvolvimento do uso da tecnologia no setor, o que fez com que a força física deixasse de ser uma barreira para muitas atividades. Ele destacou ainda que as mulheres estão se preparando mais para assumir as funções. Uma em cada quatro mulheres tem formação superior. Entre os homens, um em cada cinco.

“Essa nova dinâmica do agronegócio faz com que as mulheres ganhem destaque. Embora os homens sejam a maioria dos entrevistados, para 81% dos agricultores e pecuaristas, a participação delas é vital ou muito importante”, diz Nicodemos.

O levantamento revelou também que a faixa etária média dos produtores rurais caiu entre 2013 e 2017. No ano passado, os agricultores e pecuaristas tinham, em média, 46,5 anos. Em 2013, essa média era de 48 anos.

Entre os produtores, as faixas etárias mais baixas, de 18 a 25 anos, de 26 a 35 anos e de 36 a 40 anos foram as que tiveram crescimento entre 2013 e o ano passado. A maioria dos entrevistados tem entre 51 e 60 anos.

A pesquisa também aponta que 81% dos entrevistados não exercem outra atividade. Em 2013, 43% deles tinham sua única residência no campo; agora são 56%. Cinco anos atrás, 30% deles diziam ter duas casas, uma na cidade e outra no campo. Agora, apenas 19% têm.

 

*Com informações do Estadão