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Lêda Tâmega: Saúde precisa de mais atenção

Foto: George Gianni/PSDB

Apesar do crescimento da incidência de câncer no país, a burocracia dos planos de saúde em viabilizar possibilidades de cura não diminui. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimam que, no período de um ano, ocorreram mais de 596 mil casos da doença no Brasil.

A manifestação da doença na mama chega a atingir 58 mil mulheres por ano, e as beneficiárias de planos de saúde ainda passam por inúmeras dificuldades em realizar os tratamentos e procedimentos cirúrgicos.

A terceira vice-presidente da executiva nacional do PSDB-Mulher, Lêda Tâmega, a situação vivida na saúde do Brasil é calamitosa e precisa de atenção.

“Não é só nos casos de câncer, é com todas as doenças. Não temos estrutura, organização, material, uma equipe de profissionais para a demanda. Temos que mobilizar pessoas e entidades para exigir que esses problemas sejam corrigidos”, destacou a tucana.

A maioria das queixas registradas referem-se a demora na autorização para os exames e tratamentos, a demora nos prazos de carência e a limitação na cobertura ofertada pelas empresas. A saída encontrada por muitas das mulheres acaba sendo recorrer à Justiça na busca por acelerar o processo.

A tucana lembrou que a legislação deveria amparar o paciente. Segundo a Lei 12.732/12, o prazo máximo para início do tratamento é de apenas 60 dias após feito o diagnóstico.

“Essa lei serve justamente para minimizar os riscos, mas não é cumprida. Essa situação não é brincadeira, as pessoas ficam em filas por meses remarcando, sem atendimento. É um risco real de vida”, alertou Lêda Tâmega.

Pelas normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Lei dos Planos de Saúde garante que a cobertura assistencial para o tratamento do câncer de mama é obrigatória.

A reconstrução mamária após um trauma ocasionado por um tumor também está prevista na assistência, assim como mastectomia radical (retirada da glândula mamária e dos músculos peitorais) e a linfadenectomia axilar completa ou adenomastectomia (retirada da glândula mamária, conservando músculos peitorais, pele e mamilos).