O evento Women’s Convention, no último final de semana em Detroid (Estados Unidos), reuniu centenas de mulheres para discutir questões femininas, empoderar e incentivar o sexo feminino a ter uma voz mais atuante na sociedade. Pelo Emily’s List, um órgão focado em medir a participação de mulheres na política do país, mais de 20 mil mulheres decidiram se candidatar a cargos públicos nas próximas eleições norte-americanas.
A presidente do PSDB-Mulher de Santa Catarina, Anna Carolina Martins (PSDB-SC), acredita que a aproximação das mulheres da política é um fenômeno mundial e espera que o Brasil mostre essa tendência em 2018.
“Tenho certeza que nós [mulheres] avançaremos nas próximas eleições. Depois da derrota de Hillary Clinton o movimento feminino para ampliar o espaço na política cresceu também nos Estados Unidos. Essa mudança vai refletir aqui no Brasil também”, disse a tucana.
Para Anna, as mulheres não estão satisfeitas com o trabalho de alguns parlamentares e já começam a querer se posicionar para resolver os problemas sociais que muito se arrastam.
“O serviço não está sendo bem feito e muitas mulheres percebem que dão conta do recado. É preciso encorajá-las para o enfrentamento e para que elas assumam um papel de liderança dentro da sua comunidade”, ressaltou a tucana.
Apesar de considerar o crescimento feminino, a tucana ressalta que o processo será lento. “Para a mulher assumir seu papel na política é preciso que conquiste espaço dentro do partido que ela escolheu, o que é uma tarefa difícil. Ainda existe muita resistência em ouvir o que a mulher tem a dizer. Começamos a andar, mas o caminho é longo”, acrescentou.
Os Estados Unidos têm apenas 19,6% das cadeiras no Congresso Nacional ocupadas por mulheres. No entanto, a situação ainda é melhor do que no Brasil, que tem uma das taxas mais baixas de mulheres nesse órgão público em comparação com o resto do mundo – são 9% na Câmara dos Deputados e 13% no Senado. A média mundial é de 22,1% de mulheres ocupando cadeiras parlamentares.