O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) lançou nesta quarta-feira (23) a primeira campanha estadual focada no aumento da representatividade feminina na política. O tema escolhido para a ação foi “Mulheres na Política. Elas podem. O país precisa”, com o objetivo de antecipar os preparativos para o período eleitoral de 2018.
A presidente do PSDB-Mulher de Laguna, em Santa Catarina, Giana Aguiar (PSDB), comemorou a iniciativa do TRE catarinense e destacou a importância de ações como esta para a efetivação da democracia no Brasil.
“Somos a maioria na sociedade e isso precisa ser refletido na política. A campanha é maravilhosa porque o número de mulheres em cargos políticos em Santa Catarina é baixíssimo”, lamentou.
A tucana acredita que as mulheres ainda são muito subestimadas no mundo político e considera esse senso comum injusto e cruel com as mulheres que já conseguiram algum espaço entre os homens.
“A mulher tem uma sensibilidade ímpar para as causas sociais e uma capacidade de mediar, de fazer a ponte entre a sociedade com o poder público, diferente dos homens. Os benefícios do aumento de mulheres na política são inúmeros. Nós podemos contribuir para um país melhor, basta nos dar esta chance de mostrar”, afirmou.
Questionada sobre a solução para a baixa expressividade das mulheres nos cargos de poder, Giana ressaltou a capacitação como peça-chave para aumentar a segurança das brasileiras em se laçarem como representantes do povo.
“É preciso capacitar e preparar as mulheres para a política para que elas se sintam seguras e aptas. A sociedade feminina não se sente representada pelas mulheres que já estão na política. É preciso desmistificar o setor e perder o medo de estar lado a lado com os homens. Não somos inferiores e podemos agregar junto ao Executivo” concluiu.
Dados
Apesar de crescente, o número de prefeitas em Santa Catarina desde as eleições de 2000 ainda fica aquém do que seria o ideal. Enquanto há sete anos apenas 2% das mulheres eram chefes municipais, em 2016 esse número subiu para 8%. Na Câmara dos Deputados, a representação feminina é de 10,7% e no Senado é de 14,8%. Atualmente, o Brasil é o 154º país no ranking de mulheres no parlamento.