Filho da deputada federal Ceci Cunha, assassinada por opositores políticos ao lado do marido, da sogra e do cunhado há 19 anos, o deputado estadual Rodrigo Cunha (PSDB-AL) é um fenômeno nas redes sociais e na comunicação sobre ações públicas. Porém, o que marca a trajetória dele é a história de vida e a sensibilidade que desenvolveu às causas da mulher e dos excluídos.
“Eu senti na pele aquilo de pior que um político pode fazer. Ninguém passou por algo pior do que eu já passei, mas por outro lado eu também vi o que de melhor a política pode fazer”, disse o deputado, que participou do encontro, promovido pelo PSDB-Mulher, destinado à capacitação para as vereadoras eleitas nas regiões Norte e Nordeste, em Maceió (AL).
Para um grupo de cem vereadoras, que representa as 250 vereadoras da região, o deputado, de primeiro mandato deu uma lição sobre o que é ser político. “Quase 20 anos depois que meus pais se foram, as pessoas não lembram as roupas que ela, do carro que tinha nem das jóias, mas lembram o bem que ela fez, aquilo que ela deixou que ainda hoje marca a vida das pessoas”, disse ele.
Rodrigo Cunha afirmou que se guia por esses princípios para fazer o mandato dele algo diferente. “Minha mãe transformou a vida de muitas pessoas. Isso me motiva. É isso que faz sentido pra mim. É saber que dessa vida de fato a gente não leva nada, mas a gente e pode deixar muita coisa. Essa é a minha maior inspiração e eu tento seguir pelo mesmo caminho que ela”, afirmou.
Encontro
O deputado participou do encontro de vereadoras e citou a importância da comunicação e das redes sociais para o contato com a comunidade e a troca de experiências.
“Eu tive uma oportunidade de passar um pouco do que acontece no nosso mandato tentando inspirar cada vez mais aos políticos a terem ações inovadoras e principalmente se aproximar da população. Eu acho que o momento pede isso”, disse Rodrigo Cunha.
O tucano disse que a tônica da comunicação deve ser a transparência. “Para que o vereador cobre do seu prefeito transparência, também tem que dar o seu exemplo. A gente fala hoje sobre gestão muitas vezes só se imagina essa gestão no executivo, mas o legislativo também tem uma cargo público e também precisa ter ferramentas de gestão ao seu dispor”, sugeriu.