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Tucana defende plano de governo para preventivo de câncer de mama

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que todas as mulheres com idade entre 50 e 69 anos façam anualmente a mamografia. O exame é capaz de detectar o câncer de mama no início e, por isso, aumentar em até 100% as chances de cura. No entanto, esta recomendação não é seguida por grande parte das mulheres brasileiras que dependem do Sistema Único se Saúde (SUS).

Em Santa Catarina, somente 30,3% das pacientes com essa faixa etária tiveram diagnóstico a partir dos mamógrafos do SUS, segundo levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Os números sobre a cobertura mamográfica no Brasil indicam que apenas 180 mil pacientes catarinenses foram contempladas em 2015. O universo de mulheres que deveria ter feito o exame no período é de 389 mil.

Na rede pública do Distrito Federal, 6,2 mil mulheres estão na fila à espera de uma mamografia. Dos 12 equipamentos mantidos pela Secretaria de Saúde, nove estão em funcionamento. Para atender à demanda, o GDF decidiu firmar convênio com clínicas particulares que realizam o exame e pagar pelo serviço.

A cidade de Recife adotou carretas com mamógrafos móveis para facilitar acesso de mulheres a exame preventivo de câncer. O equipamento adaptado com rampa de acessibilidade circulará, a partir desta segunda-feira (14), por alguns bairros da cidade.

A ex-prefeita de Itaju, em São Paulo, e vice-presidente do PSDB-Mulher do estado, Fátima Guimarães, passou por uma cirurgia de câncer de mama recentemente e defende que as ações preventivas da doença se tornem um projeto de governo.

“No hospital em que eu operei eu encontrei mulheres de todo o Brasil. O meu câncer eu percebi no início. E as mulheres que não percebem? Elas precisam fazer mastectomia, que é a retirada da mama. Muitas já estão em estado avançado da doença e já não tem mais o que fazer”, lamentou.

A tucana avaliou que as carretas móveis e as ações que estão em curso atualmente no país não são suficientes. “Não adianta fazer campanhas para as mulheres fazerem os exames se não há mamógrafos disponíveis. É preciso uma ação integrada entre governo federal e estadual para dar conta da demanda”, disse.

Fátima defende que o governo dê mais importância para o preventivo. “Prevenir sempre será melhor e mais barato do que remediar”, concluiu.