A Comissão de Educação aprovou nesta quarta-feira (3) requerimento da deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) que pede a realização de audiência pública para discutir a educação da pessoa com dislexia e com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. (TDAH).
A tucana considera fundamental a discussão sobre o tema com a academia, associações e organizações não governamentais na tentativa de buscar estratégias para melhorar os aspectos que envolvem a educação das pessoas com transtornos de aprendizagem.
Segundo a deputada, são grandes as dificuldades escolares de quem possui algum transtorno. Mara acredita que o comprometimento de habilidades estratégicas, como atenção e leitura, pode determinar prejuízos persistentes e difusos, justificando uma avaliação mais sistemática e aprofundada destas funções.
“O avanço no conhecimento sobre transtornos como o TDAH e a dislexia tem melhorado a compreensão geral sobre estas funções, orientando ainda estratégias mais específicas e eficazes de intervenção”, informou a tucana. “A atenção é a porta de entrada da informação, devendo selecionar o que é relevante e controlar seu processamento pelo cérebro”, completou.
De acordo com a deputada, a leitura, ao contrário da fala, não é aprendida de forma natural ou intuitiva. Segundo ela, a linguagem escrita se torna a principal (quase exclusiva) ferramenta de acesso e avaliação dos conteúdos escolares, o que a tucana considera problemático. “Separar as demandas de leitura/escrita daquelas próprias da disciplina pode ajudar a delimitar eventuais déficits, além de enriquecer o aprendizado de todos os alunos”, acredita.
O TDAH é definido pela presença de sintomas primários e persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade em níveis disfuncionais. Dificuldades de organização e planejamento (disfunção executiva) são também muito frequentes. Já a dislexia é um transtorno específico da aprendizagem no qual há uma dificuldade significativa e persistente na leitura, resultante de um déficit na decodificação.
“O TDAH e a dislexia são condições prevalentes na infância – acometem cerca de 5% das crianças -, com impactos na vida escolar, social e familiar. A possibilidade de diagnósticos adicionais é a regra nestes quadros, devendo ser investigados sintomas de outros transtornos do neurodesenvolvimento, alterações do humor, ansiedade, entre outros.”
Do Portal do PSDB na Câmara