Em meu primeiro artigo, “Eleger mais mulheres é necessário. E possível”, falei sobre a necessidade da maior participação da mulher na política, e em nosso caso sendo o PSDB um dos pioneiros nesta participação, como é possível se nos unirmos para que isso ocorra efetivamente.
Dando sequência a essa participação feminina, hoje quero falar sobre as cotas de gênero, mais conhecidas como “cotas femininas”, que são uma exigência da Lei das Eleições para que as coligações possam protocolar suas candidaturas.
Acontece que o artigo sabiamente, diga-se de passagem, não institui o mínimo de 30% para mulheres, mas sim que esta porcentagem seja ocupada por um dos gêneros, feminino ou masculino, ou seja, podemos ter em uma coligação 70% de mulheres e 30% de homens, ou 50% para cada gênero o que já seria um grande avanço político para a sociedade.
Acontece que a participação política feminina ainda é muito baixa e isto criou uma cultura em torno deste dispositivo legal de que estas cotas sejam voltadas para mulheres. É obvio que o legislador ao incluir tal matéria no Lei das Eleições quis sim viabilizar uma maior participação da mulher nos pleitos. Mas criou também uma rotina da busca por candidaturas de mulheres para cumprir as cotas mínimas somente nos períodos eleitorais.
Então, em primeiro lugar, é necessário deixar claro que esta cota é de gênero e não para mulheres, e que daqui a algum tempo não seremos apenas 30%. Isso porque existem sinais claros de que a presença da mulher na política é cada vez maior e mais significativa.
Vejo nas mulheres tucanas, por exemplo, um grande potencial. Já temos a Frente das Jovens Tucanas, criada no último encontro da juventude nacional, que reuniu jovens do Brasil inteiro, e desta reunião surgiu esta maravilhosa Frente de Jovens Mulheres do Brasil.
Além de uma participação efetiva dentro do partido, essa Frente tem como objetivo principal contribuir não só com o PSDB, mas com a política social como um todo. São mulheres extremamente capacitadas, e apesar de jovens, são grandes lutadoras e militantes aguerridas na política do Brasil.
Como se vê, mais uma vez o PSDB se tornou pioneiro, sendo o primeiro partido a ter uma frente nacional de jovens mulheres. Mas é importante reafirmar que esse movimento, a Frente de Jovens Mulheres, não é resultado da instituição das cotas, da parcela legalmente estabelecida, mas surgiu porque nossas jovens se uniram e estão fazendo a diferença, sem implorar por nada e, sim, mostrando o quanto somos necessárias e podemos contribuir com nosso partido, porque antes de tudo nós escolhemos fazer parte do PSDB.
Portanto é na continuidade da participação que deixaremos de ser “cota mínima” e passaremos a ser a primeira opção. O que quero dizer é que nós mulheres, com toda nossa competência e tanto a contribuir, precisamos estar continuamente envolvidas com nosso partido, mostrando nossa força e potencial, precisamos de abertura para fazer parte das tomadas de decisões, precisamos ser vistas primeiro dentro de casa (PSDB), como agentes importantíssimas na composição do planejamento político.
Já temos grandes líderes mulheres em nosso partido e podemos ter muito mais. Com toda certeza o Brasil e o PSDB só têm a ganhar com isso.
*Nathalia Tupan Carvalho é publicitária, estudante do 5º ano de direito. Militante do PSDB, membro da Frente das Jovens Tucanas do Brasil, Secretária de Comunicação da JPSDB – PR.