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Para tucanas, cassação de Dilma Rousseff é resultado da vontade das ruas

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária para votar a Denúncia 1/2016, que trata do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff por suposto crime de responsabilidade. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Foto: Javier/PSDB RJ

Foto: Javier/PSDB RJ

Brasília (DF) – Em uma votação tensa, com desdobramentos inesperados, como o pedido de destaque pedido – e acatado pelo ministro Lewandowski – pela base da defesa da ex-presidente, para que a perda dos direitos políticos fosse votada em separado à cassação, o que contraria o disposto pelo Art.52 da Constituição Federal em vigor, a senhora Dilma Vana Rousseff foi finalmente afastada da Presidência da República por 62 votos a favor e 20, contra.

O fatiamento da votação, previsto no Regimento Interno do Senado, mas não na Constituição, à qual todas as leis nacionais devem se submeter, acabou beneficiando Dilma Rousseff, que teve seus direitos políticos mantidos em segunda votação, quando 42 votaram pela perda, 36 pela manutenção e 3 se abstiveram. A bancada de senadores do PSDB votou em peso pela condenação da presidente afastada nas duas questões.

Yeda Crusius - arquivo pessoal

Yeda Crusius – arquivo pessoal

Polêmicas à parte, a cassação da petista foi recebida com alívio por Solange Jurema, presidente nacional do PSDB Mulher e Yeda Crusius, presidente de honra do segmento.

“As ruas foram fundamentais para o que aconteceu hoje”, disse Solange. “O Senado Federal finalmente interagiu com os milhões de brasileiros que foram a elas. O que vimos hoje foi nada mais do que a satisfação da vontade da maioria da população”.

Solange Jurema lembra que o “Brasil precisava parar de sangrar, pensar apenas no impeachment e voltar a pensar nele mesmo. Precisamos voltar a crescer, acabou esse sofrimento interminável”.

De Porto Alegre veio a comemoração da ex-governadora Yeda Crusius. “Hoje é preciso, mais do que nunca, agradecer aos doutores Hélio Bicudo, Janaina Paschoal e Miguel Reale Júnior, que souberam traduzir e representar o brado dos milhões de brasileiros que foram às ruas. Eles deram forma ao que pedíamos e nos fizeram escapar do abismo bolivariano”.

Bruna-Furlan-Foto-DivulgacaoEm visita à sede do partido, a deputada federal por São Paulo, Bruna Furlan, resumiu: “Hoje é um dia especial para os brasileiros. Principalmente para os 12 milhões de desempregados e para os 64 milhões de endividados do país, que podem começar a sentir alguma esperança. É hora de comemorar, estou muito feliz”, encerrou a moça sorridente, correndo apressada para a posse do presidente Michel Temer.

Para a 1ª secretária do PSDB Mulher Nacional, Eliana Piola (MG), o dia 31 de agosto ficará na História por mostrar que as instituições sem dúvidaEliana Piola echarpe roxa corte certo estão funcionando e bem. “A Câmara dos Deputados fez seu trabalho, o Senado Federal fez um trabalho excepcional, com senadores muito preparados, de excelente nível técnico, atuando de maneira afinada e forte. A bancada tucana, em especial, me encheu de orgulho.  O protagonismo do julgamento do impeachment, no entanto, recai nos ombros de uma mulher, por sua dedicação incansável e seu amor incondicional ao Brasil, independente de ideologias ou colorações partidárias. Todos os louvores e minha gratidão à Janaína Paschoal, por seu comportamento dedicado  à pátria, em contraponto a outra mulher que fez exatamente o oposto, usando o poder que tinha em proveito próprio, em detrimento do Brasil.

Janaína Paschoal agiu em respeito aos brasileiros que foram às ruas protestar e que delas não sairão mais, porque não mais aceitarão que os desrespeitem da maneira como fizeram nos últimos 13 anos”, encerrou Eliana Piola.