O índice de desemprego no trimestre encerrado em abril deste ano atingiu 11,2%, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. É a maior taxa registrada pela série histórica do indicador, a Pnad Contínua, que teve início em 2012. Para o economista e deputado federal Marcus Pestana, do PSDB de Minas Gerais, são consequências da falta de confiança do mercado em investir no Brasil.
“A contabilidade criativa, as pedaladas minaram a confiança do mercado, desencadeando um círculo vicioso. Isso levou ao aumento dos juros, da inflação e desemprego. E aí chegamos a quem paga o pato, os cidadãos e, principalmente, os trabalhadores de mais baixa renda. Hoje são 11,5 milhões de desempregados, um recorde histórico para o período”, declarou.
Frente ao trimestre anterior, os dados mostram que a quantidade de trabalhadores na indústria, onde há mão de obra mais qualificada e salários mais altos, caiu em 11,8%. O setor foi o que mais demitiu trabalhadores em 2015, e continua perdendo força. Para Pestana, a herança negativa deixada pelo PT precisa ser superada com novas reformas e ajustes.
“É muito grave essa herança maldita dos governos do PT, que não só deixaram para as novas gerações o maior escândalo da história brasileira como a maior recessão desde 1929. Nós temos que ter uma onda, um ciclo de reformas e ajustes. Com o impeachment, é de esperar que com a nova equipe econômica a confiança seja retomada”, apontou Pestana.
O índice também aponta um recuo no rendimento real médio do trabalhador brasileiro em 3,3%, chegando a R$ 1.962.