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Lula “estava a par” de esquema de propina, diz empresário

O ex-presidente Lula da Silva se reúne com as bancadas do PT no Senado e na Câmara (Valter Campanato/Agência Brasil)

VC_Lula-reuniao-bancadas-do-PT-Camara-e-Senado_290620150006Brasília (DF) – O envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os escândalos descobertos pela Operação Lava Jato parecem não ter fim. Desta vez, o empresário Salim Schahin afirmou, em depoimento ao juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira (13), que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto disse que o partido e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estavam ‘a par do negócio’, em referência ao empréstimo de R$ 12,1 milhões, feito em outubro de 2004, do Banco Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.

O empresário é réu no processo que investiga a concessão do empréstimo. O valor concedido pelo Banco Schahin por meio do empréstimo, de caráter fictício, teria como destinatário real o PT. As informações são do jornal O Globo desta quinta (14).

De acordo com a reportagem, o vencimento do contrato era em 2005, e não houve pagamento. O empréstimo só foi quitado em 2009, de modo fraudulento, depois que uma das empresas do Grupo Schahin fechou contrato de US$ 1,6 bilhão com a Petrobras para operar o navio-sonda Vitória 10000.

O ex-gerente da estatal e também delator Eduardo Musa depôs ontem ao juiz Moro. Ele afirmou ter ouvido do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e de Fernando Schahin, também integrante do Grupo Schahin, que o contrato com a petrolífera serviria para quitar dívida do PT.

Ainda segundo a publicação, três funcionários da estatal receberam propina para fechar o contrato com a Schahin: Musa, Cerveró e o ex-diretor Jorge Zelada. O ex-gerente recebeu US$ 720 mil.

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