Brasília (DF) – Mais da metade dos senadores já é a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou que são 42 parlamentares no Senado que defendem o afastamento da petista. Dez se declararam indecisos, oito preferiram não responder e apenas 17 se disseram contra. Para que o processo seja admitido e aberto na Casa, são necessários 41 votos do total de 81 senadores.
Entre os parlamentares a favor do prosseguimento do processo estão o ex-líder do governo e agora delator da Operação Lava Jato Delcídio do Amaral (MS) e a ex-petista Marta Suplicy (PMDB-SP).
Segundo o jornal, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e outros sete senadores não quiseram responder e quatro não foram encontrados, entre eles Fernando Collor (PTC-AL) e Jader Barbalho (PMDB-PA).
Entre os senadores que se declararam indecisos, há surpresas como Walter Pinheiro (BA), recém-saído do PT. Há três peemedebistas que disseram não ter posição: o ex-ministro Edison Lobão (MA), que é investigado na Lava Jato, e os paraibanos José Maranhão e Raimundo Lira. Cristovam Buarque (PPS-DF) e João Capiberibe (PSB-AP) também estão indecisos.
A bancada do PSDB, composta de 11 senadores, terá todos os seus membros votando a favor do impeachment.
Caso o processo seja aceito pelo Senado, Dilma será afastada do cargo temporariamente. E para que a petista seja condenada e perca o mandato em definitivo, dois terços, ou 54 dos 81 senadores, devem votar favoravelmente ao impeachment. Neste caso, Dilma fica inelegível por oito anos.