Opinião

“Contra fatos não há argumento”, por Solange Jurema

Foto:Arquivo da Fundação Konrad Adenauer
Foto:Arquivo da Fundação Konrad Adenauer

Foto:Arquivo da Fundação Konrad Adenauer

Se ainda havia alguém nesse país que duvidasse da insatisfação popular com o governo petista de Dilma Rousseff, buscando na crítica fácil do tipo “a minoria branca nas ruas” para desqualificar as manifestações de 15 de março, a casa caiu.

A pesquisa da CNT/ MDA soterrou de vez os argumentos dos que não querem enxergar a grave situação em que se encontra o governo federal. Uma administração desacreditada e desarticulada, que se mostra incompetente para consertar os erros que ela mesma cometeu no mandato anterior, e até mesmo antes dele, como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, nos governos de Luís Inácio Lula da Silva, igualmente responsável pela crise atual, para quase 68% dos entrevistados.

Os números são esclarecedores e apresentam fatos inquestionáveis: quase 65% avaliam negativamente o governo Dilma Rousseff; 72% consideram fraco o desempenho de seu governo; 77% desaprovam a postura pessoal dela; e 93% do povo brasileiro estão preocupados com a situação econômica do país!

O aumento da inflação, o medo de perder o emprego, a perspectiva de crescimento zero da economia ou mesmo recessão, e a crescente confirmação do envolvimento do PT e seus dirigentes no esquema de corrupção da Petrobras explicam, por si só, o repúdio da população ao governo Dilma Rousseff.

Contra fatos não há argumento e a militância petista precisará se retorcer para encontrar respostas minimamente razoáveis para tentar justificar o injustificável. Não há mais como tapar o sol com a peneira.

O governo Dilma Rousseff perdeu credibilidade junto a praticamente todos os principais agentes sociais, econômicos e políticos do país.

As ruas se encheram de gente, os empresários temem medidas que ampliem os impostos e nem mesmo sua base política no Congresso Nacional segue as orientações emanadas do Palácio do Planalto.

O PT, partido da própria Presidente da República, questiona o ajuste fiscal, que tenta minimizar os danos provocados pela má gestão econômica na gestão anterior. Seu tesoureiro é um dos 27 indiciados na operação “Lava Jato” e a divisão interna ganha as páginas dos jornais diariamente.

Nesse contexto, o melhor caminho para o governo Dilma Rousseff é exercer a humildade, de fato, pedir desculpas publicamente ao povo brasileiro e fazer “mea culpa” pelos erros cometidos.

É uma saída, bem melhor do que alimentar fakes ou militantes petistas nas redes sociais em defesa do indefensável.

Até porque, dia 12 de abril já está aí.

*Solange Jurema é presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB