O Outubro Rosa é um lembrete de que o cuidado com a saúde da mulher começa com informação e acesso. Falar de prevenção ao câncer de mama é também falar de políticas públicas que garantam diagnóstico e tratamento para todas.
No Brasil, o câncer de mama é o tipo mais incidente entre as mulheres em todas as regiões, depois do câncer de pele não melanoma. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), divulgados neste mês, o país deve registrar 73.610 novos casos em 2025, e em 2023 foram mais de 20 mil óbitos, concentrados principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.
O desafio está em garantir que o diagnóstico chegue a tempo para todas. Apesar dos avanços tecnológicos e das campanhas de conscientização, o acesso à mamografia e ao tratamento ainda é desigual. A demora para consultas e exames compromete as chances de cura e reforça a necessidade de uma rede pública de saúde mais eficiente e estruturada em todo o território nacional.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a mamografia é a maior aliada no enfrentamento do câncer de mama. A entidade recomenda que o exame seja realizado anualmente a partir dos 40 anos para mulheres com risco habitual. Já aquelas com histórico familiar da doença devem iniciar o rastreamento aos 30 anos, ou dez anos antes do caso mais precoce na família. Informação, prevenção e acesso são os pilares para reduzir a mortalidade e salvar vidas.
O autocuidado é importante, mas não basta. As mulheres precisam de uma rede de saúde que funcione. É dever do poder público garantir que nenhuma mulher perca a vida por falta de atendimento ou informação. O PSDB-Mulher defende um país em que prevenção, acolhimento e tratamento caminhem juntos. Saúde é direito.

