A violência é uma constante na vida da mulher, infelizmente, desde o seu primeiro momento de vida. Muitas vezes, essa violência acontece nos espaços onde se imaginaria ter proteção e acolhimento, como no núcleo familiar e com pessoas próximas, de sua convivência. Com o objetivo de refletir e debater sobre os tipos de violência que a mulher sofre, a Federação PSDB-Cidadania de Sergipe realizou, na tarde de terça-feira (19/07), a II Roda de Conversa das Mulheres abordando a temática.
O objetivo da iniciativa é fortalecer o debate e esclarecer que há violências que passam despercebidas no cotidiano. “É muito importante esse momento de nos reunirmos, de ouvirmos as perspectivas, de estudarmos. Cada mulher traz sua experiência única e podemos aprender muito”, ressaltou a advogada Evelyn Macedo, presidente provisória do PSDB-Mulher Sergipe.
Em casa, no trabalho, na via pública ou no hospital, a mulher se depara com inúmeras situações que põem em risco sua integridade física, emocional, psicológica, e em muitos casos, sua vida é interrompida pela violência. A roda de conversa incentivou a partilha de depoimentos e experiências que cada uma das presentes atravessou.
“As diversas narrativas de hoje serviram de encorajamento para todas nós presentes. Muitas sobreviventes de inúmeras violências do contexto cultural machista, mulheres que renasceram das cinzas. Deu para perceber que os lutos de cada uma se transformaram em lutas e que é possível, sim, a gente subir e puxar outras mulheres”, exaltou Dra. Valdilene, pré-candidata a deputada estadual.
O evento reuniu mulheres filiadas dos partidos PSDB e Cidadania, pré-candidatas e ativistas da causa. “Foi muito interessante para repensar a realidade das mulheres em Sergipe. A gente pôde ouvir e compreender melhor a realidade de cada uma e empoderar cada mulher no sentido de construir e de transformar dentro da sua realidade”, reforçou Clarissa Marques França, integrante do Coletivo Somos Mais, pré-candidatura coletiva a deputado federal.
No Brasil, segundo o 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, um estupro acontece a cada 8 minutos, e a cada hora 30 mulheres sofrem algum tipo de agressão física. São estatísticas alarmantes que mostram o quanto é necessária e urgente a mudança.
“Acredito que o caminho é a educação, e pela lei de diretrizes e bases da educação nós temos temas de direitos humanos e da violência contra a mulher a ser trabalhado tanto na educação básica quanto na educação superior de forma transversal”, explicou Flávia Góes, advogada, professora universitária e mestranda em Educação.
A Federação PSDB e Cidadania Sergipe acredita que são iniciativas como esta, de debate, reflexão e acolhimento, que tornam possível fortalecer a luta das mulheres.
“É muito importante as mulheres estarem num ambiente confortável para conseguir externar as suas dores, os seus anseios, é importante cada vez mais esse acolhimento de mulheres para mulheres. A palavra é acolhimento. É enriquecedor e feliz você saber que há uma construção de forças das mulheres através da união”, ressaltou Tauana Cândido, presidente do Diversidade Tucana em Sergipe e integrante do Coletivo Somos Mais, pré-candidatura coletiva a deputado federal.
*Do PSDB Sergipe