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Pré-candidatas unem forças em Sergipe em favor das bandeiras das mulheres

Por pouco mais de uma hora, pré-candidatas às eleições para a Assembleia Legislativa de Sergipe debateram as prioridades para a bancada feminina no estado, neste sábado (04/06), durante o Seminário de Capacitação Política “Mulheres que Constroem um Brasil Melhor”, promovido pelo Secretariado Nacional da Mulher/PSDB em Aracaju, capital sergipana. Em pauta, a equidade de gênero, o combate à violência contra a mulher, saúde, educação e oportunidades para todas.

Na mesa-redonda intitulada “O que queremos para Sergipe em Políticas Públicas para Mulheres?”, sob mediação da presidente provisória do PSDB-Mulher Sergipe, Evelyn Macedo, as pré-candidatas demonstraram que independentemente das prioridades elencadas por cada uma, todas têm o mesmo objetivo. “Seja qual for a bandeira da mulher, o fim é sempre o mesmo: enquanto país podemos avançar”, ressaltou Evelyn.

Convidada especial, a presidente do Cidadania-SE, Suely Barreto, destacou que enfrentar as eleições vai além da vitória. “Em 2016, tive oportunidade de disputar a primeira eleição [para a Câmara de Vereadores]. Fui a segunda mulher mais votada do meu grupo político. Nós ganhamos quando damos o nosso melhor. A vitória é pessoal.”

Suely Barreto recomendou que a experiência é a maior vitória. “Fui candidata a prefeita, disputando com quatro homens, veteranos em política. Eu ganhei mais experiência e mais aprendizado. Eu pude entender que meu grupo político, que eu entendo estão as melhores pessoas, as melhores propostas, este grupo precisa de mim. É uma construção coletiva e não individual.”

Enfrentamento

Advogada, ativista em direitos das mulheres e pré-candidata a deputada estadual, Valdilene Oliveira Martins contou que seu “primeiro laboratório” de observação sobre violência foi em casa, quando assistia o pai bater na mãe. Segundo ela, ali decidiu que enfrentaria todo tipo de violência, abuso e agressão contra as mulheres.

Valdilene Martins sugeriu que as mulheres passem a vigiar mais o que falam e como falam. “Um dos instrumentos exercidos pelo homem é a fala. Observem as falas de vocês porque a linguagem sexista perpetua a invisibilidade do feminino”, disse.

Em seguida, a ativista defendeu que todas se posicionem politicamente ao questionar: “Por que eu estou aqui? Porque eu posso, porque eu sei e eu quero”. Ela encerrou, afirmando: “Vamos à luta. É difícil, mas se fosse fácil, não teria graça”.

Combate

Para a pré-candidata a deputada federal e presidente da Associação Integrada de Mulheres da Segurança Pública de Sergipe (ASIMUSEPSE), tenente Elisângela Bonifácio, é fundamental manter o espírito combativo. “Já fui candidata e mais de 400 pessoas acreditaram na Elisângela. Outras pessoas precisam de nós, se não formos, não saberemos. O importante é brigar. Eu não falo de pessoas nem de coisas, mas de sentimentos.”

Elisângela Bonifácio disse que Sergipe e o Brasil precisam de mais “oxigênio”. “Quero oxigênio para nosso Sergipe sem educação nem atendimento para as mulheres. É muito sofrimento. Nós não temos toda a rede que precisamos. Nosso estado precisa de transformação, mudança, nós vamos conseguir.”

Mulher nordestina

Pré-candidata a deputada estadual, técnica em enfermagem e membro da Diversidade Tucana, Jéssica Fonseca ressaltou que a trajetória da mulher nordestina é de uma forma geral bastante semelhante. “A história da mulher nordestina é sempre a mesma. Todas passaram pelas mesmas dificuldades e problemas.”

Jéssica Fonseca atua no acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade, daquelas que moram nas ruas e que se prostituem, por exemplo. Segundo ela, para aumentar a rede de mulheres, é preciso atrair as jovens para a política, pensando na empatia como carro-chefe.

“A gente se juntar e aplicar o propósito que é a mudança, essa geração vai poder ter a gente como espelho. É importante trazer a jovem menina para dentro da política. A gente precisa treinar a empatia. Agora é o momento de pegar o país para gente e mudar. É isso que a gente tem de fazer: tem de que votar numa mulher. Agora é a hora de pegar na mão e votar.”