Representantes do Fórum Nacional de Mulheres de Instâncias de Partidos Políticos, do qual o Secretariado Nacional da Mulher/PSDB faz parte, se reuniram na última semana, em Porto Alegre (RS), para fazer um balanço dos trabalhos do grupo em defesa dos direitos políticos das mulheres em 2021. O saldo foi positivo.
“Mesmo estando em uma pandemia, conseguimos nos reunir virtualmente. Fizemos uma parceria boa com a ONU Mulheres e com a Faculdade Flacso, da Argentina, para um curso com 200 vagas para as mulheres brasileiras, divididas pelos partidos que participam do Fórum. Participamos presencialmente de intervenções na Câmara dos Deputados para que não houvesse retrocesso na legislação eleitoral, no que diz respeito às cotas de gênero e a participação da mulher na política”, ressaltou a assessora jurídica do PSDB-Mulher Nacional e vice-presidente do PSDB-Mulher do Distrito Federal, Luciana Loureiro.
O grupo também se reuniu em diversas ocasiões, ao longo do ano, com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, para tratar da Reforma Eleitoral e de como as novas regras poderiam afetar a participação feminina na política. O último encontro ocorreu no dia 30 de novembro, em Brasília (DF).
“Na última reunião conseguimos chegar no ponto que queríamos. Saiu dela a intenção de formar um grupo, com representantes do Fórum, técnicos do TSE e parlamentares, para trabalhar a questão do que pode e o que não pode gastar com o dinheiro do fundo partidário destinado às mulheres”, contou.
Segundo a tucana, a meta do grupo para 2022 será a formação de Fóruns Estaduais no maior número de localidades possível, além da realização de reuniões itinerantes, de forma a despertar o interesse de mais mulheres a participarem da política e se candidatarem a cargos eletivos.
“A gente precisa preparar essas mulheres para as eleições, para que elas saibam quais são os direitos delas, quais são os deveres. O trabalho maior será desenvolvido individualmente por cada partido. Essa visibilidade que o Fórum vai dar, na criação dos Fóruns Estaduais, já estimula, porque chama a atenção das mulheres. Cada uma vai procurar aquele partido que tiver mais afinidade, e aquela que tiver a intenção de ser candidata vai poder fazer um curso preparatório, ter o apoio partidário para isso”, frisou.
Sem retrocessos
A assessora jurídica destacou ainda que o Fórum estará atento a quaisquer mudanças nas regras eleitorais que possam causar prejuízo à representatividade feminina na política, ou retrocessos aos direitos já conquistados pelas mulheres.
“Estamos atentas o tempo todo, para que não tenhamos surpresas nas alterações das normas que nos regem nas eleições. A gente sabe que essas normas não nos afetariam nessa eleição de 2022, se tirassem algum direito nosso, mas talvez na próxima eleição. Por isso, estamos super atentas a tudo”, disse.
“O Fórum está criando um grupo de trabalho para monitorar isso 24 horas por dia. Qualquer passo que seja dado no sentido de retirar algum direito já conquistado, o Fórum vai reagir, como reagiu agora nessa última Reforma Eleitoral”, completou Luciana Loureiro.