A coordenadora de Políticas para a Mulher da Secretaria da Justiça e Cidadania de São Paulo, Edna Martins, participou na última semana da reunião mensal do Comitê Intersecretarial de Defesa da Mulher. Durante o encontro, que discutiu políticas públicas de gênero, ela apresentou propostas de implantação de Núcleos Regionais de Defesa da Mulher e de ampliação da composição do Comitê Interestadual de Defesa da Mulher.
Outra iniciativa em debate foi o programa Casa da Mulher em São Paulo, parceria entre as secretarias de Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Econômico e Justiça e Cidadania, lançado nesta segunda-feira (23/8).
“No estado, as políticas para mulheres avançam conforme reivindica o movimento feminista e conforme preconiza a Lei. De maneira intersetorial, se apoiando na ciência, nos dados e preenchendo as lacunas que ainda obstaculavam o acesso das mulheres à direitos”, ressaltou a tucana.
Durante o encontro, também foram apresentados dados sobre a desigualdade de gênero no estado de São Paulo, com base em levantamento feito pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). As informações destacam como a não divisão das tarefas da casa, e o cuidado com as pessoas, afetam especialmente a qualidade de vida das mulheres.
Em 2021, a pesquisa contabilizou 23 milhões de mulheres no estado, o equivalente a 51,3% da população. Desse total, 37% são mulheres negras (pretas e pardas). Em 2020, 27 a cada 100 mulheres perderam o trabalho. Entre elas, as mulheres negras apresentam as maiores taxas antes e durante o primeiro ano da pandemia do coronavírus.
A pandemia também ampliou as dificuldades para a população, em especial para as mulheres que perderam trabalho ou ficaram sobrecarregadas nos cuidados de crianças, idosos e pessoas adoecidas. Os dados apontam desigualdades no mercado de trabalho, escolaridade, renda e representação na vida pública das mulheres paulistas.
*Com informações do portal da Secretaria da Justiça e Cidadania de SP