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Brasil se choca com mais um caso de violência doméstica e tucanas pedem justiça

O Brasil se chocou com mais um caso de violência doméstica que veio à tona neste domingo (11/7). Vídeos gravados por câmeras de segurança mostram o produtor musical Iverson de Souza Araújo, conhecido como DJ Ivis, agredindo a ex-mulher, Pamella Holanda, com socos, chutes e empurrões na frente da filha de nove meses do casal, da mãe de Pamella e de outro homem presente no local, que nada faz para impedir a violência.

As imagens foram compartilhadas pela própria vítima em suas redes sociais:

“Eu me calei por muito tempo! Eu sofria com minha filha, sem apoio até dos que diziam estar ali pra ajudar, que eram coniventes e presenciavam tudo calados sem interferir com a desculpa que eu tinha que aguentar calada porque era o ‘jeito dele’, era esse o ‘temperamento dele’ e que se eu quisesse viver com ele, teria que me sujeitar e ser submissa. Não se calem!!! Não se calem jamais!!! Eu não vou me calar!”, escreveu ela.

Após a divulgação dos vídeos, DJ Ivis também foi às redes sociais para tentar justificar as agressões, o que levou à um fenômeno, no mínimo, revoltante: apesar da repercussão negativa do caso e das críticas do público, o músico já ganhou mais de 250 mil novos seguidores no Instagram.

Assim como o PSDB-Mulher Nacional, parlamentares tucanas manifestaram sua solidariedade à Pamella Holanda e repudiaram as agressões sofridas por ela, problema enfrentado por tantas brasileiras todos os dias.

Pamella Holanda se tornou pauta nacional após compartilhar vídeos gravados por câmera de segurança interna em suas redes sociais nesse domingo (11). As imagens mostram Iverson de Souza Araújo, conhecido como DJ Ivis, seu ex-marido, a agredindo na frente da filha e de outras duas pessoas. O PSDB-Mulher Nacional se solidariza com Pamella Holanda. Cenas como essas não podem ser normalizadas. Não se cale.”, expressa a publicação do PSDB-Mulher Nacional nas redes.

“Acabo de ver vídeos em que o DJ Ivis agride Pamella Holanda. Violência doméstica não é problema do casal, é problema social e um pesadelo na vida de milhares de brasileiras. Meu total repúdio a esse crime horroroso! Força, Pamella, você não está sozinha! Maria da Penha nele!”, tuitou a deputada federal Shéridan Oliveira (PSDB-RR).

A deputada federal Tereza Nelma (PSDB-AL) destacou que qualquer tipo de agressividade contra a mulher deve ser inadmissível.

“Pamella é mais uma vítima da covardia. Hoje inspira outras mulheres, servindo de exemplo pela coragem de se expor e pela força de seguir em frente. Ela não está sozinha, queremos justiça. Não podemos nos calar!”, afirmou.

Por sua vez, a deputada federal Mariana Carvalho (PSDB-RO) constatou que os casos de agressão que ganham repercussão na mídia são, na verdade, o retrato de uma realidade presente em muitos lares.

“Não é à toa que o combate à violência doméstica, inclusive contra a mulher, tem sido uma das minhas principais lutas como deputada federal. Quando falamos do tema, damos voz a outras mulheres, incentivamos outras a não mais se calarem. Se há violência, ela precisa ser denunciada”, disse.

Violência agravada na pandemia

Uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos no Brasil foi vítima de algum tipo de violência no último ano, durante a pandemia do coronavírus. As informações são de uma pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Cerca de 17 milhões de mulheres, 24,4% das entrevistadas, sofreram violência física, psicológica ou sexual em 2020.

O número de agressões cometidas dentro de casa também aumentou: dos 42% registrados no levantamento de 2019, subiu para 48,8% no último ano.

Nas redes sociais, a prefeita de Caruaru (PE), Raquel Lyra (PSDB), também se posicionou contra a violência de gênero.

“Esse é um tema que precisamos falar constantemente para darmos vez, voz, apoio e coragem para que mais mulheres possam sair de relacionamentos abusivos, seja com agressão física, moral, psicológica, patrimonial ou sexual”, pontuou.

“Os psicopatas seguem um padrão de conduta e estão muito mais próximos do que imaginamos. Estes monstros estão em todos os lugares, agem sorrateiramente e seguem acreditando na impunidade”, alertou, por sua vez, a prefeita de Palmas (TO) Cinthia Ribeiro (PSDB).

Já a deputada estadual Cibele Moura (PSDB-AL) classificou como assustador o engajamento que a violência contra Pamella Holanda tem gerado nas redes sociais do agressor.

“As imagens chocam e ele ganha 50 mil seguidores após a exposição. Precisamos de leis mais rígidas para a violência contra mulher, para que esses crimes não sejam normalizados”, frisou.

Já a deputada estadual Dra. Damaris Moura (PSDB-SP) completou:

“Culpar a mulher publicamente, como fez o DJ Ivis, revitimiza o crime da violência física e provoca uma nova violência, a psicológica. Não há justificativa para nenhum tipo de agressão e abuso domésticos! A culpa nunca é da vítima!”.

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