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Crimes contra a vida em Pelotas apresentam queda nos primeiros meses do ano

Observatório aponta queda de 55% dos crimes letais em comparação com o mesmo período desde 2017

Durante reunião do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M), o Observatório de Segurança Pública de Pelotas apresentou a análise dos indicadores utilizados para medir os índices de criminalidade na cidade nos primeiros dois meses de 2021. Os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), ou seja, crimes contra a vida, tiveram queda de 55% em comparação ao mesmo período desde o ano de 2017. Já na comparação entre 2020 e 2021, janeiro e fevereiro tiveram o mesmo número de registros, um total de nove, sem alteração percentual.

No comparativo mensal dos CVLIs de 2016 a 2021, vem sendo registrada uma queda ano após ano; de janeiro de 2018 a fevereiro de 2021, a diminuição foi de 67%. A prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) salientou a importância dos dados obtidos pelo Observatório e pelo GGI-M, que servem de objeto de estudo para o desenvolvimento de estratégias do Pacto Pelotas pela Paz. “A importância desta união pode ser verificada nos resultados apresentados”, afirmou a gestora municipal.

Outra evidência que aponta a redução da violência nos dois primeiros meses do ano é a queda da taxa de crimes letais. Há quatro anos Pelotas registrava 34 casos letais a cada 100 mil habitantes, e em 2021, até agora, são 2,6 crimes deste tipo por 100 mil habitantes. Esse percentual se equipara ao de 2020, e é menor que os de 2019 (3,8%), 2018 (7%) e 2017 (5,8%).

O secretário de Segurança Pública (SSP), Samuel Ongaratto, citou o eixo da prevenção como um dos pontos do Pacto que mais vem trazendo resultados positivos. O que menos ficou atendido, no entanto, na visão de Ongaratto, é a perturbação de sossego. Portanto, pretende-se trabalhar mais nesse problema. Ele, ainda, parabenizou as forças policiais. “Coisa boa que conquistamos essa diminuição nos indicadores criminais, o que nos dá mais fôlego e permite oferecer um apoio maior para trabalhar na pandemia”, destacou Samuel Ongaratto.

Crimes Patrimoniais também estão em queda

A análise do Observatório de Segurança Pública ainda apontou queda em todos os casos classificados como Crimes Violentos Patrimoniais, no período entre janeiro e fevereiro de 2021, em comparação aos mesmos meses desde 2017.

Roubo a pedestre: – 71,3%;
Roubo a estabelecimento comercial e financeiro: – 67%;
Roubo a transporte público: -71%;
Roubo de veículos: – 91%;
Furto de veículos: -76%;
Roubo a residência: – 77%;
Furto a residência: – 79%.

As forças de segurança conseguiram recuperar, em janeiro, 80% dos veículos roubados ou furtados. Em fevereiro, o percentual alcançou os 23% de recuperação.

Durante a reunião, um dos delitos ressaltados foi o roubo a pedestre. No comparativo feito de 2016 a 2021, é possível perceber que, nos meses de julho e agosto de 2017, foram mais de 680 registros feitos. Já em janeiro e fevereiro de 2021, o número foi de 143.

Avaliação antes e depois do Pacto Pelotas pela Paz

Ainda durante a reunião foi apresentado o resultado acumulado dos crimes contra a vida no período de 34 meses antes e após as ações do Pacto Pelotas pela Paz, a partir da implantação de um trabalho de dissuasão focado em maio de 2018. As ações das forças de segurança garantiram um decréscimo de 49,4% dos registros, na comparação dos períodos compreendidos entre julho de 2015 a abril de 2018 e maio de 2018 a fevereiro de 2021. De acordo com o Observatório, em números absolutos, 156 vidas foram preservadas devido a implantação da estratégia de repressão focada executada pelo Pacto.

Apresentação dos dados da pandemia

Além da atualização dos dados criminais, também foram apresentados os números da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) referentes à pandemia da Covid-19 em Pelotas. O acompanhamento é feito pelo Observatório de Segurança Pública, e traz informações referentes ao número de contaminações pelo vírus e óbitos, bem como as profissões e bairros mais atingidos. Também foi apresentada a relação entre leitos disponíveis e ocupados, e vacinas aplicadas.

Com informações do Diário Popular