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Enfrentamento da violência de gênero tem apoio do TSE

Servidoras do Tribunal debatem o tema e destacam a importância do apoio institucional para o combate às desigualdades contra a mulher

A prevenção da violência de gênero é necessária para que ela não ocorra em nenhum local, muito menos no ambiente de trabalho. No mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, comemorado no último dia 8 de março, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relata histórias de servidoras e colaboradoras que ajudam a desenvolver a Justiça Eleitoral e que também apontam os desafios para a promoção da igualdade de gênero e o combate à violência contra a mulher.

Nesse contexto, o tema violência foi debatido na sexta-feira (12/3), pelo canal da Justiça Eleitoral no YouTube. O debate foi aberto pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, mediado pela jornalista Petria Chaves, e contou com a participação da atriz e ativista Luíza Brunet, bem como de Regina Barbosa, do Instituto Maria da Penha. A programação faz parte da ação “Mulheres Debatem”, promovida pela Comissão Mulheres do TSE. Os encontros virtuais serão realizados todas as sextas-feiras deste mês e vão abordar outros temas como Liderança (19/3) e Gênero (26/3). Além de assistir, o público pode participar enviando perguntas para o e-mail comissao.genero@tse.jus.br.

Conforme relata a secretária de Gestão de Pessoas do TSE, Ana Cláudia Mendonça, o Tribunal tem se empenhado para incluir entre os servidores e colaboradores a temática de enfrentamento da violência contra a mulher em todas as suas atividades. Ela destaca que a conscientização contra a violência deveria fazer parte da formação de todas as meninas e todos os meninos desde pequenos, seja em casa ou na escola, e sugere que as famílias incluam o tópico em suas conversas e também com amigos e equipe de trabalho.

“Nesse assunto de violência à mulher, não existe luta de mulher contra homem. O que há é uma luta coletiva da sociedade contra a violência feminina. Quando os homens se conscientizarem mais sobre este enfrentamento, eles se tornarão multiplicadores e fortes aliados no combate desse mal”, destacou a secretária.

Rede de apoio

Ana Cláudia afirma que “nenhuma mulher deve sofrer sozinha, não deve ter vergonha de pedir ajuda. É necessário romper esse ciclo e contar com apoio para enfrentarmos a violência”. Segundo ela, além da conscientização, uma medida necessária para proteger a mulher de possíveis agressões é a criação de uma rede de apoio. Nesse sentido, a mulher que se sentir ameaçada ou for agredida deve conversar com familiares e amigos com os quais pode criar códigos e símbolos para passar sua mensagem e procurar ajuda de profissionais da Saúde e da Justiça.

No TSE, a servidora ou colaboradora que passar por algum tipo de constrangimento, assédio ou alguma outra forma de violência pode contar com ajuda das profissionais da área de psicologia e serviço social.

A assistente social do TSE, Frassinete Galvão, explica que o atendimento engloba acolhimento inicial, escuta e diálogo qualificados, atendimento social, articulação e acompanhamento junto aos demais profissionais da Saúde, encaminhamentos para os serviços de saúde especializados em situações de violência de gênero e doméstica, e redes de apoio socioinstitucionais de segurança, proteção e defesa de direitos. Esse apoio é o chamado acolhimento humanizado, que não substitui a ação dos órgãos públicos competentes para denúncias e investigação e acionados, por exemplo, por meio do número 180.

Segundo Frassinete, apesar de a maioria das pessoas achar que só existe a violência física, os relacionamentos trazem emoções e preenchem lacunas, tornando mais difícil identificar ou encarar outras situações abusivas previstas na Lei Maria da Penha, como as violências psicológica, a sexual, a patrimonial e a moral.

Com informações do TSE