Neste 08 de março, Dia Internacional da Mulher, a presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB, Yeda Crusius, participou de uma série de transmissões ao vivo, onde debateu a democratização da política por meio da tecnologia, a importância da representatividade feminina nos espaços de poder e o papel que tem sido desempenhado pelo PSDB-Mulher rumo a essa nova realidade.
Uma das lives foi organizada pelo deputado estadual e presidente do PSDB no Rio Grande do Sul, Mateus Wesp. Outro encontro virtual, organizado pela vereadora Comandante Nádia (DEM-RS), contou também com a participação da ex-senadora Ana Amélia (PP-RS).
Durante os bate-papos, a tucana relembrou os ciclos que fizeram parte de sua história, desde a sua paixão pela economia até a sua trajetória na política, passando por sua eleição como governadora do Rio Grande do Sul – sendo a única mulher eleita pelo PSDB para governar um estado até o momento.
“Escolhi economia para tentar entender por que que no mundo existem bolsões de pobreza tão grandes, e onde é que eles estão”, disse. “Comecei em um mundo dos homens, que é a economia, que é a política. Mas nós vamos avançando, porque o Brasil todo quer ser um Rio Grande do Sul, quer eleger as suas mulheres para os espaços de poder”, afirmou.
Para a presidente do PSDB-Mulher, a sociedade brasileira vive hoje um novo ciclo tecnológico, democratizado pelo acesso à internet. Foi pensando em democratizar a política e garantir que mais mulheres ocupem cargos de destaque nela que o Secretariado criou a Plataforma Digital PSDB-Mulher 2020, que ofereceu cursos de capacitação política online às pré-candidatas do partido nas eleições municipais do último ano. Recentemente, a plataforma ganhou reconhecimento internacional. Foi apontada como referência de como se fazer campanha no mundo virtual pelo NDI.
“Essa plataforma digital me permitiu alcançar as mulheres candidatas do PSDB com lives desse tipo, que na verdade eram openhouse, casa aberta. Entravam homens, gente de todo o lado”, contou. “A mulher quando conversa, conversa de mulher para mulher. O maior desafio que a gente tem é de conectar, fazer as mulheres mais conectadas”, avaliou Yeda.
“Meu desafio atual é permitir que as mulheres democratizem a sua participação na sociedade tendo acesso ao mundo digital, saber usar, e tendo acesso à internet. Por isso que o nosso compromisso foi fazer vereadoras, prefeitas e vice-prefeitas compromissadas com as cidades conectadas. Isso é democratizar, ter alguém que representa os outros, permitir que pessoas aprendam e conversem com outras, em qualquer ponto do mundo. Essa é a grande maravilha que essa tecnologia é capaz de nos dar. E, em segundo lugar, aumentar um pouco o diálogo entre as gerações. Isso é fundamental”, destacou ela.
PARIDADE É O CAMINHO
A ex-governadora do Rio Grande do Sul acredita que o caminho para um Brasil mais justo e igualitário passa, necessariamente, pela garantia da paridade de gênero na política.
“Através das mulheres, a gente tem que mudar a nossa sociedade. Enquanto isso não acontecer, enquanto as mulheres não forem 50-50 – sem políticas de paridade para fazer isso, é a sociedade que tem que enxergar isso – nós não vamos ter uma democracia plena”, considerou.
“A democracia está sendo apropriada por aqueles que a querem derrubar. Isso é evidente com os últimos eleitos ao redor do mundo, e com o uso da tecnologia para poder manipular o voto”, acrescentou.
“Se a democracia está em xeque, não tem nada como o movimento das mulheres para fazer a resistência. Ela está em casa, nos hospitais, nas escolas. Ela é a responsável por determinadas posições sociais, mas não é apenas cuidar, parir, criar. Enquanto a mulher não estiver nos espaços de poder, ela vai continuar sofrendo ataques”, apontou a tucana.
Esse é o ideal que o Secretariado Nacional da Mulher/PSDB trabalha para alcançar dentro da própria legenda.
“Batalho muito pela democracia interna no partido, e resolvi fazer isso através da mulher candidata. Em 2018, a gente conseguiu. A raiz profunda da democracia reside em a gente oportunizar que as mulheres ocupem, podem e querem, cada vez mais espaços nos cargos de poder”, salientou.
MULHERES NA LINHA DE FRENTE
Tendo em vista o contexto de crise sanitária, social e economia provocado pela pandemia do coronavírus, e que impacta especialmente a vida das brasileiras, Yeda Crusius também agradeceu às mulheres que estão na linha de frente do combate ao vírus.
“Quero agradecer a todas as mulheres que estão na linha de frente. Todas. 80% da linha de frente é feita por mulheres. Obrigada. Em nome do PSDB-Mulher já fiz essa manifestação, obrigada. Quero agradecer a essas mulheres que passam por tanto trabalho e dizer para elas, e elas já sabem, pelas políticas públicas que estão à disposição: você nunca está sozinha. Tem sempre quem queira te ouvir”, declarou a tucana.
“E às que não passam por tantas dificuldades, que são as mulheres que tiveram as oportunidades na vida e souberam aproveitar, quero desejar que seja um dia, sim, de celebração das conquistas, mas com muita consciência das tentativas de retrocesso pela qual o caminho da mulher em direção à construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária, menos violenta, está sendo construído. Contem com a gente, que nós contamos com vocês”, completou a presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB.