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Prefeitura de SP vai contratar 5 mil mães de alunos para ajudar a cumprir protocolos contra Covid nas escolas municipais

Volta às aulas na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) São Paulo, na Vila Clementino, na zona sul da cidade, que recebeu cerca de 52 alunos. Foto: DEIVIDI CORREA/ESTADÃO CONTEÚDO

Elas farão aferição de temperatura, higienização de equipamentos de uso coletivo, além de orientar estudantes quanto ao uso da máscara e distanciamento. Proposta é destinada para as mães desempregadas e tem salário previsto de R$ 1.155.

A Prefeitura de São Paulo vai contratar cinco mil mães de alunos da rede pública municipal para trabalhar nas escolas como agentes de protocolos de saúde contra o coronavírus.

Elas serão responsáveis por aferir a temperatura dos estudantes na entrada, higienização dos equipamentos de uso coletivos, além de fiscalizar o cumprimento das medidas de distanciamento e uso correto da máscara e do álcool gel.

A proposta é voltada para mulheres desempregadas. Elas vão receber um salário de R$ 1.155 mensais por 30 horas semanais de trabalho divididas em 24 horas de atividades nas frentes de trabalho e seis para cursos de qualificação profissional. O tempo do contrato será de seis meses.

Cada uma das unidades da rede municipal de ensino deverá manter três mulheres selecionadas para o projeto.

As vagas serão distribuídas entre unidades educacionais espalhadas pelas 13 Diretorias Regionais de Ensino (DREs). A secretaria de Educação reforçou que essas mulheres não substituirão os trabalhadores efetivos ou terceirizados que atuam nas unidades educacionais.

A Prefeitura de SP já recebeu 12 mil inscrições. As escolas podem receber as interessadas e ajudar nas inscrições, mas a orientação da Secretaria de Educação é que as mulheres façam o cadastro pela internet, para evitar aglomerações.

As inscrições vão até esta quarta-feira (17/2), as 18h, e devem ser feitas pelo site: http://www.bit.ly/potmulheres.

São pré-requisitos para aderir ao projeto ter mais de 18 anos, residir na cidade de São Paulo, estar desempregada há mais de quatro meses, não receber benefícios como seguro-desemprego e não ter renda familiar superior à metade do valor do salário mínimo.

Segundo a Secretária Municipal de Educação, o investimento total será de R$ 34,7 milhões.

A medida tenta melhorar a estrutura das escolas principalmente na questão de segurança contra Covid-19. A rede municipal retomou as atividades presenciais nesta segunda (15/2).

O retorno foi marcado por muitas críticas da comunidade escolar. Pais relatam o desespero das famílias, a falta de suporte às diretorias das unidades e o descaso da prefeitura na condução do processo.

Movimentação de estudantes na retomada das aulas presenciais na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) São Paulo, na Vila Clementino, zona sul da capital paulista, na manhã desta segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021, em meio à pandemia de coronavírus (covid-19). Foto: BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Em toda a capital, ao menos 530 das 4 mil escolas da rede não reabriram nesta segunda porque não têm funcionários de limpeza – uma empresa terceirizada contratada pela prefeitura abandonou o contrato às vésperas da retomada das aulas.

Outras 50 ainda passam por obras e não puderam reabrir. Questionado sobre o atraso, após 11 meses de pandemia, o secretário municipal da Educação, Fernando Padula, culpou as chuvas e o excesso de burocracia que, segundo ele, atrapalham a administração pública.

Para manter parcialmente o ensino a distância, a prefeitura prometeu entregar 465 mil tablets com chips de internet para os alunos até dezembro do ano passado.

Entretanto, seis meses após a promessa ter sido feita, a Secretaria Municipal de Educação esticou o prazo e agora promete entregar os aparelhos até maio.

Com informações do G1