Como como previu a presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB, Yeda Crusius, as eleições municipais deste domingo (15/11) foram marcadas pela eleição de mulheres como vereadoras em todas as capitais do país, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Houve um aumento, ainda que discreto, das bancadas feminina em boa parte das Casas Legislativas. No último pleito, em 2016, Cuiabá (MT) não elegeu nenhuma mulher para a sua Câmara Municipal. Já neste ano, Porto Alegre (RS) será a capital com a maior representatividade feminina entre vereadoras: 11 das 36 vagas serão ocupadas por mulheres, o equivalente a 30,55%.
Vale destacar ainda que as mulheres ficaram em primeiro lugar entre os vereadores eleitos em outras cinco capitais brasileiras, além de Porto Alegre: Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Recife (PE) e Rio Branco (AC).
Outras capitais com mais representatividade feminina em suas Câmaras de Vereadores a partir do próximo ano são Belo Horizonte, onde 26,83% das vagas foram conquistadas por mulheres; Natal, com 24,14%; e São Paulo, com 23,63% de representatividade feminina entre vereadores eleitos.
Do outro lado do espectro fica João Pessoa, capital paraibana que elegeu apenas uma mulher dentre as 27 cadeiras de vereadores em disputa.
Representatividade ficou a desejar
Apesar dos modestos avanços, a representatividade de vereadoras nas capitais deixa a desejar quando se analisa a proporção da população feminina do país. As mulheres serão 18% de todas as vereadoras de capital do Brasil, de acordo com levantamento da Gênero e Número. Elas também não chegam a 50% de nenhuma câmara municipal de capital brasileira.
Porém, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, de 2019, as mulheres correspondem a 51,8% do total da população.
Essa falta de representatividade também se reflete na análise dos prefeitos eleitos. Apenas 12% dos mais votados no primeiro turno dessas eleições municipais são mulheres. Traduzindo: a cada dez prefeitos eleitos, apenas uma foi do sexo feminino. O patamar é basicamente o mesmo de quatro anos atrás, quando 11,7% dos prefeitos eleitos eram mulheres.
Em 2020, o estado que mais elegeu prefeitas proporcionalmente foi Roraima. Dos 14 eleitos no primeiro turno, quatro são mulheres, o equivalente a 28,6% do total. Em seguida, estão Alagoas, com 21,8%, e Maranhão, com 21,6%.
Já o estado que menos elegeu mulheres foi o Espírito Santo: dentre os 73 prefeitos eleitos no primeiro turno, há apenas uma mulher.
*Com informações do portal G1 e da Gênero e Número