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Em suas redes, Rose Modesto pede paz e segurança para as mulheres

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Nesta terça-feira (10/11), a deputada federal Rose Modesto (MS) se pronunciou em suas redes sobre uma tentativa de feminicídio que aconteceu no Mato Grosso do Sul. Após ser atacada pelo marido, a vítima, que estava grávida, se encontra em estado gravíssimo e perdeu o bebê.

“Eu já fui criticada por trabalhar muito focada em defesa das mulheres. Dizem que estou sempre trabalhando com essa pauta do combate à violência contra a mulher, como se ela não fosse relevante. O que me faz falar tanto sobre essa questão é a realidade em que o país vive, em que o Mato Grosso do Sul vive. Nós fomos o segundo estado em índice de estupros, e estamos entre os cinco estados mais violentos contra a mulher. Eu penso que nós, principalmente as mulheres, precisamos ter essa cultura de falar do assunto, de tentar conscientizar a sociedade sobre isso. Não é porque não aconteceu na minha casa que não é problema meu”.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está no 5º lugar dos países que mais matam mulheres no contexto de violência doméstica. Em 2018, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública apurou que, a cada sete horas, uma mulher sofre feminicídio. Além disso, no ano passado, a ONG Transgender Europe apontou que o Brasil é o país com o maior número de assassinatos de travestis e trans em todo o mundo, sendo 94% das vítimas mulheres trans.

“Eu fico analisando como é importante a participação das mulheres. Seja na política, na própria empresa onde ela trabalha, dentro da família, é muito importante que a mulher seja sempre uma voz marcante em relação a isso. Nós precisamos encorajar outras mulheres, fortalecer outras mulheres que às vezes não têm força, ajudar outras mulheres que às vezes não tem como sair desse ciclo de violência, dando a ela a possibilidade de poder reagir, denunciar, mostrando o caminho. Muitas não fazem isso por não saberem para onde ir. ‘Vou denunciar e volto para casa, para conviver com o agressor?’. Precisamos ter um coração mais disposto a poder acudir, ajudar, encorajar aquelas mulheres”.

Assista aqui o vídeo na íntegra.