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Deputada cobra celeridade na apreciação e pagamento do Auxílio Emergencial

Durante audiência na Câmara dos Deputados com representantes da Caixa e do Ministério da Cidadania, deputados federais apontaram alguns problemas em relação ao pagamento do Auxílio Emergencial às famílias de baixa renda e cobraram celeridade na solução dessas questões.

Entre as questões levantadas está a divulgação de informações incorretas que dificultam aos beneficiários saber quando vão receber o auxílio.

A deputada Mariana Carvalho (RO) afirmou que os aplicativos estão com problemas e que muitas pessoas estão com a situação em análise desde o dia 7. Outras foram aprovadas, mas o aplicativo Caixa Tem, no qual o cidadão acessa a conta digital criada pelo banco para o depósito do benefício, não funciona.

“Isso tudo precisa ser resolvido com urgência. Sabemos que tem sido um grande trabalho. Mas também precisamos saber quando e como vão ser resolvidos esses problemas”, afirmou a deputada.

Mariana disse que existe uma dificuldade quanto a comunidades de ribeirinhos, quilombolas e indígenas conseguirem acesso ao benefício. “A fome não espera. O número de desempregados é assustador e muita gente está com grandes dificuldades em relação a liberação do benefício. Precisamos de solução rápida quanto aos problemas com os aplicativos”, afirmou a parlamentar, ao lembrar que em muitos lugares, como em localidades de Rondônia, a informação dificilmente chega.

Outra preocupação levantada foi quanto a possibilidade de o governo não ter dinheiro para pagar todos os benefícios. Isso por que, em nota, o Ministério da Cidadania disse que, por causa do grande número de trabalhadores informais cadastrados, os R$ 32,7 bilhões previstos para a primeira parcela já praticamente acabaram, com ainda outros 12 milhões de cadastros a serem avaliados.

RESPOSTAS

O secretário-executivo adjunto do Ministério da Cidadania, Martim Cavalcanti, disse que o governo tem trabalhado dia e noite para conseguir repassar os recursos a todos que solicitarem, o mais rápido possível. “O cruzamento de dados não é trivial e simples. A Dataprev trabalha desde o dia 5 com cruzamento de dados de segunda a segunda”, afirmou.

A relatora da Comissão Externa de Enfrentamento ao Coronavírus, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), questionou como estava a situação de recebimento do auxílio nos municípios menores e pediu um detalhamento. Cavalcanti respondeu que a regionalização de dados solicitada por deputados é uma demanda posterior. “Atualmente não consigo fazer isso por município. Para fazer esse recorte tenho de parar fazer análise de pagamento. Se fizer isso deixo de pagar as pessoas.”

Até agora o governo federal repassou R$ 31,6 bilhões, beneficiando 71 milhões de pessoas, segundo Cavalcanti, o que inclui os beneficiários do Bolsa Família.

A vice-presidente da Caixa Tatiana de Oliveira reforçou a dificuldade em gerir o repasse para todos os necessitados. “Até agora 15% da população brasileira já recebeu o benefício emergencial. Foram 13 milhões de contas abertas. Se construiu uma operação de guerra”, disse.

Ela garantiu que o governo tem dado respostas rápidas à sociedade. “Entendo a ansiedade e a necessidade de todos. Vamos chegar a todos que têm direito ao benefício”, afirmou Oliveira.

A inscrição para receber o benefício fica aberta até 2 de julho e quem se inscrever terá direito às três parcelas do auxílio, independente de quando receber o primeiro pagamento.

Para os deputados que participaram da audiência, as respostas mostraram que todos que se cadastraram e foram aprovados terão seu auxílio pago. Apesar disso, os parlamentares acreditam que os problemas técnicos precisam ser sanados com urgência.

Com informações da assessoria de imprensa