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Como afastar as fake news em tempos de coronavírus

Foto: Agência Brasil

O mundo vive uma grave crise sanitária devido ao surgimento do novo coronavírus, que já fez milhares de vítimas. No Brasil, governos estaduais, municipais e federal adotaram medidas que vão da recomendação de isolamento social ao fechamento obrigatório do comércio nos grandes centros urbanos. Com o agravamento da situação e a previsão de que o pico da doença ainda está por vir, o medo toma conta das redes sociais e aplicativos de mensagens, abrindo espaço para as fake news (notícias falsas).

Inúmeros áudios, vídeos e imagens com todo tipo de recomendações são compartilhados, muitos com informações incorretas e/ou imprecisas.

Para combater a disseminação de notícias falsas que possam colocar em risco a saúde da população e a tomada de decisão pelo poder público, o Ministério da Saúde criou um canal para onde qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número para recebimento das mensagens é (61) 99289-4640.

A pasta costuma colocar um carimbo de “isto é fake news” para informar quais notícias são falsas e “isso é verdadeiro” para as já checadas e confirmadas.

Em balanço divulgado em 28 de fevereiro, de 6.500 mensagens recebidas e analisadas entre 22 de janeiro e 27 de fevereiro, 90% eram relacionadas ao novo vírus. Desse total ligado ao coronavírus, 85% eram falsas.

A orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que pessoas busquem informações em fontes oficiais. Para unir forças no combate às fake news, vários veículos de comunicação também liberaram acesso às reportagens sobre o vírus.

Aconteceu

Na última semana, a prefeitura de Palmas (TO), comandada pela tucana Cinthia Ribeiro, foi alvo de notícias falsas. Áudios compartilhados davam conta de que a cidade estava tomada pelo coronavírus e que a prefeitura não havia tomado nenhuma medida para prevenir e combater a pandemia. A prefeita divulgou um vídeo nas redes sociais desmentindo o áudio.

“Circulando em grupos de WhatsApp um áudio que considero ato criminoso contra a população de Palmas. Infelizmente utilizam maldosamente de um momento, que considero a pior crise que enfrentamos, para disseminar pânico e mentiras. Justamente quando temos que concentrar todos os nossos esforços e energia para salvar vidas. É um desserviço, um desrespeito e volto a repetir: UM CRIME”, protestou Cinthia Ribeiro.

E pediu a população mais cautela ao compartilhar informações.

“Mas, providências estão sendo tomadas com relação a isso. Não vão tirar o nosso foco, não irão nos parar. Continuaremos trabalhando muito!!! E nós, como a maioria do nosso lado venceremos essa batalha contra o coronavirus. Fake News é crime !!! Divulguem somente as informações de fontes oficiais”, finalizou.