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Apenas em 2019, 1.310 mulheres foram mortas por violência doméstica no país

Foto: Freepik

Compilação de dados, realizada pela Folha de S. Paulo, mostra registro de 1.310 mulheres mortas por violência doméstica em 2019. Em geral as vítimas são alvos de espancamento, estrangulamento, uso de machado, pedra, pau, martelo, foice, canivete, marreta, tesoura, facão, enxada, barra de ferro, garfo, chave de fenda, bastão de beisebol, armas de fogo, mas, em especial, facas.

A estatística do feminicídio trilhou a contramão dos demais crimes violentos e cresceu 7,2% no país, com expansão expressiva em alguns estados.

A Folha consultou as 27 unidades da federação e obteve dados que atestam a morte de 1.310 mulheres no ano passado vítimas de violência doméstica ou por sua condição de gênero. Em 2018, foram 1.222. Ou seja, de acordo com os registros oficiais, de três a quatro são assassinadas em média a cada dia no Brasil, na maioria dos casos por companheiros e ex-companheiros.

O ainda deficiente enquadramento dos casos pelas autoridades em alguns lugares, porém, pode estar escondendo um quadro bem pior.

No último dia 19, quando foi encerrada a apuração de dados desta reportagem, houve pelo menos sete assassinatos de mulheres com indicativos de feminicídio, além da localização de um oitavo corpo cujo caso também se enquadra nesse tipo de crime.

A Folha consultou a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, sobre o que o governo tem feito ou planejado para enfrentar o problema, mas não houve resposta. O ministro da Justiça, Sergio Moro, tem cobrado dos estados informações específicas sobre feminicídio.

*Com informações do jornal Folha de S. Paulo.