O Brasil tem ao menos 77,8 mil pesquisadores nas cinco maiores áreas de conhecimento que declararam ter doutorado na Plataforma Lattes, de acordo com um levantamento feito pelo Open Box da Ciência. Entre eles, 46.501 ou 59,69% são homens e 31.394 ou 40,3% são mulheres.
A plataforma Lattes é uma base de dados alimentada pelos próprios pesquisadores com informações sobre seus currículos e grupos de pesquisa dos quais participam. De acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o currículo Lattes se tornou um padrão nacional sobre a carreira dos cientistas.
O Open Box da Ciência foi lançado nesta quarta-feira (12) em São Paulo e contou com o apoio do Instituto Serrapilheira.
Pesquisa
A pesquisa abrange as áreas de linguística, letras e artes; engenharias; ciências sociais aplicadas; ciências exatas e da terra; e ciências da saúde.
Entre elas, a área com maior número de especialistas é a Saúde, com 28.612 ou 36,73% do total. Nesta área as mulheres se destacam e são maioria. Elas somam 16.058 e representam 56% dos especialistas que declaram no Lattes ter doutorado.
Desigualdade no topo da carreira
Fernanda Sobral, vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), afirma que a desigualdade entre homens e mulheres fica acirrada no topo da carreira dos pesquisadores.
Os dados do Open Box da Ciência comprovam este cenário. Em ciências exatas e da terra, elas são 31% do total de pesquisadores com doutorado. Nas engenharias, a representatividade é ainda menor: 26% do total são mulheres.
Projeto
A Unicamp desenvolve o projeto “Meninas SuperCientistas” para meninas do 6º e do 9º ano do ensino fundamental que visa incentivar estudantes, por meio de palestras, oficinas e visitas a museus, a se interessarem por carreiras na área da ciência.
*Com informações do G1.