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TSE inaugura mostra sobre o voto feminino

Foto: TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inaugurou esta semana a releitura de uma mostra sobre o voto feminino no Brasil, que esteve em cartaz pela primeira vez quando da comemoração dos 85 anos da Justiça Eleitoral. A mostra “Voto Feminino no Brasil”, aberta ao público na sede do tribunal, em Brasília.

As imagens contam a história de diversas mulheres importantes para a história do país.

O voto feminino brasileiro passou a ser legalmente permitido em 1932. Na América Latina, naquela época, apenas Equador e Uruguai já permitiam às mulheres participarem do processo eleitoral.

A participação feminina no Parlamento no Brasil é de apenas 15% na Câmara dos Deputados e de 14,8% no Senado Federal, números que estão abaixo da média global, que é de 24,5%.

Mulheres e o voto

A mostra destaca, por exemplo, a história de Celina Guimarães, primeira eleitora do Brasil antes mesmo da instituição do voto feminino. Ela era professora em Mossoró (RN) e integrou a relação dos eleitores potiguares em 1927. O alistamento eleitoral de Celina constituiu um marco da vanguarda feminina no continente ao tornar realidade o voto feminino e incentivar outras mulheres.

Nas eleições do ano seguinte, em 1928, um total de 15 mulheres do Rio Grande do Norte participou das eleições. Porém, seus votos foram anulados pela Comissão de Verificação de Poderes do Senado Federal.

A luta continuou com a atuação de diversas outras mulheres, até Antonieta de Barros se tornar a primeira mulher a assumir um mandato eletivo no país, exercendo o cargo de deputada estadual de 1934 a 1937.

Anos depois, Eunice Michiles chegou ao Senado Federal, em 1979, sendo a primeira mulher a ocupar uma vaga de senadora da República.

A mostra registra também a história da primeira deputada federal eleita no país, Carlota Pereira, bem como da primeira mulher a governar um estado brasileiro, Iolanda Fleming, que comandou o governo do Acre em 1982.

Há também o registro da história de Dilma Rousseff, primeira mulher a se eleger presidente da República, em 2010. Quatro anos depois – em 2014, quando foi reeleita para o cargo –, Dilma Rousseff e sua concorrente, Marina Silva, obtiveram, conjuntamente, os votos de dois terços do eleitorado brasileiro.

Realização

A realização é da Comissão Gestora de Política de Gênero, denominada TSE Mulheres, em parceria com a Secretaria de Gestão da Informação (SGI) do Tribunal.

*Com informações do TSE.