A luta por uma maior presença feminina em todos os espaços de trabalho tem avançado. É o que mostra levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apresentado em debate promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados: em 2017, 43,3% das vagas formais, somando setor público e privado, eram ocupadas mulheres, sendo que em 1986 eram apenas 32,1%.
A representante do Ipea, Janine Mello, explicou que independente da inserção, as diferenças de remunerações entre homens e mulheres em todas as esferas do setor público ainda é um desafio.
“Tem diferença de remuneração muito significativa isso traz questionamentos. Se os salários de entrada são iguais, por que as mulheres recebem menos do que os homens?”, questionou.
A professora da Universidade de Oxford Andreza Aruska criticou a falta de reconhecimento de mulheres nos cargos de poder, principalmente no debate em torno de questões fundamentais, como saúde e segurança pública.
“Fazer com que essas mulheres se reconheçam nessas posições e que a sociedade em geral comece a mudar a percepção do lugar da mulher, que ocupou por tantos anos lugares invisíveis na esfera doméstica”, destacou.
Para Andreza Aruska, a presença de mulheres na política proporcionará um maior diálogo em torno de questões que estejam relacionadas às pautas femininas.
A audiência faz parte do projeto “Brasileiras”, uma série de palestras destinadas a discutir as questões relativas aos direitos das mulheres.
*Com informações da Agência Câmara.